A bola parada de Crispim é cruel

Veja análise do comentarista do Sistema Verdes Mares Wilton Bezerra

Legenda: Lucas Crispim foi a primeira contratação do Fortaleza para 2021
Foto: Thiago Gadelha

Um dos famosos bordões do consagrado narrador esportivo da televisão Januário de Oliveira, falecido há poucos dias, me serviu de gancho para essa abordagem em torno da vitória do Fortaleza sobre o Internacional por 5 X 1.

Está explicado porque o treinador Vojvoda não abre mão de escalar Crispim no time do Fortaleza.

Crispim foi contratado para compor o meio-campo e desenvolver uma função mais criativa, entre os volantes e o setor de ataque.

Mesmo que fique um pouco desconfortável pelo lado esquerdo, que sempre foi de Bruno Melo ou Carlinhos, a escolha do meia para compor o time titular não se dá por diletantismo do argentino.

É que sua bola parada é cruel, muito cruel, como anunciava Januário de Oliveira.

O primeiro gol tricolor, marcado por Titi, originou-se de uma cobrança de falta primorosa de Crispim.

A bola, torneada de efeito, ainda foi tocada pelo goleiro Lomba, bateu na trave e sobrou para o zagueiro guardar.

No segundo gol, Crispim puniu o futebol desonesto do jogador Pedro Henrique (quis cravar a marca de sua chuteira no rosto de Robson), metendo a bola, com efeito, na área do Inter, para finalização de Robson.

Depois disso, os senhores já sabem o que aconteceu: o futebol, dito posicional, do treinador Miguel Angel Rodrigues, do Inter, foi engolido pelo Fortaleza.

Mas, que Crispim, mais do que cruel, foi crudelíssimo, com a sua bola parada