Um dos famosos bordões do consagrado narrador esportivo da televisão Januário de Oliveira, falecido há poucos dias, me serviu de gancho para essa abordagem em torno da vitória do Fortaleza sobre o Internacional por 5 X 1.
Está explicado porque o treinador Vojvoda não abre mão de escalar Crispim no time do Fortaleza.
Crispim foi contratado para compor o meio-campo e desenvolver uma função mais criativa, entre os volantes e o setor de ataque.
Mesmo que fique um pouco desconfortável pelo lado esquerdo, que sempre foi de Bruno Melo ou Carlinhos, a escolha do meia para compor o time titular não se dá por diletantismo do argentino.
É que sua bola parada é cruel, muito cruel, como anunciava Januário de Oliveira.
O primeiro gol tricolor, marcado por Titi, originou-se de uma cobrança de falta primorosa de Crispim.
A bola, torneada de efeito, ainda foi tocada pelo goleiro Lomba, bateu na trave e sobrou para o zagueiro guardar.
No segundo gol, Crispim puniu o futebol desonesto do jogador Pedro Henrique (quis cravar a marca de sua chuteira no rosto de Robson), metendo a bola, com efeito, na área do Inter, para finalização de Robson.
Depois disso, os senhores já sabem o que aconteceu: o futebol, dito posicional, do treinador Miguel Angel Rodrigues, do Inter, foi engolido pelo Fortaleza.
Mas, que Crispim, mais do que cruel, foi crudelíssimo, com a sua bola parada