Não tem bom time que resista a uma maratona de jogos. E o Fortaleza esteve claramente abaixo e esgotado diante do Bahia, neste sábado no Castelão. O empate em 0 a 0 foi um sinal claro que os jogadores do Fortaleza estão no limite físico e não conseguem exercer o futebol já visto em outras oportunidades.
Em tese, a formação com Pochettino, Calebe, Romarinho e Galhardo na frente, além das chegadas de Hércules e Bruno Pacheco, o Leão tinha tudo para pressionar muito o Bahia.
Mas não foi isso que se viu. Faltou perna aos jogadores. E sem perna, sem físico, a intensidade cai. Não é preciso em falar que em uma Série A de Brasileiro, de nível tão alto, isso pesa bastante.
Assim, o Fortaleza não conseguiu criar, faltando conexões, tabelas, aproximações, tudo que o time de Vojvoda tem mas não pode fazer. E cedeu espaços ao Bahia, que teve as melhores chances do 1º tempo.
Na etapa final, com Pikachu em campo e Lucero no comando de ataque, o time melhorou, mas ainda assim faltou força para pressionar. O empate - o 5º do time na Série A - frustrou a torcida que lotou o Castelão, mas é aceitável devido às circustâncias.
Vai ter que poupar
Por isso, é urgente que os principais jogadores sejam poupados. E o momento certo para isso é no jogo pela Sul-Americana contra o Estudiantes de Mérida na Venezuela.
Com o Leão praticamente classificado - precisa de um ponto em 2 jogos - Vojvoda tem a chance de sequer relacionar os principais jogadores e dar uma semana de descanso até o jogo contra o Botafogo, no domingo (10), fora de casa pela Série A.
O treinador argentino é muito inteligente, tem o grupo na mão e feito bem a gestão de minutagem a cada jogo. Mas o elenco não é tão numeroso e muitos titulares acabaram se desgastando.
Jogadores como Tinga, Bruno Pacheco, Caio Alexandre, Calebe e Thiago Galhardo estão claramente no limite. Uma semana cheia de treinos e recuperação em Fortaleza faria muito bem a eles.