O jogo contra o Cruzeiro em casa no Castelão era a chance do Fortaleza confirmar o bom momento, a virada de chave que parecia ter começado diante do São Paulo no Morumbis, com a vitória por 2 a 1 na estreia da Série A no último sábado.
Enfrentar uma equipe inferior ao time paulista, e no Castelão, era a chance que o Leão tinha de buscar a 2º vitória seguida e embalar para os confrontos em casa contra Altos/PI (Copa do Nordeste), Boca Juniors (Sul-Americana) e Bragantino (Série A).
Mas a vitória não veio e a equipe foi vaiada, mesmo que timidamente. O empate em 1 a 1 com o Cruzeiro é um tropeço, e coloca mais uma vez uma dúvida no momento do clube.
Em campo nesta quarta-feira, foram vistos problemas anteriores a estreia vitoriosa na Série A: um time lento, deixando o adversário criar jogadas sem marcação forte (o Cruzeiro chegou a tabelar perigosamente em muitos lances) e na frente sem a pressão ofensiva necessária quando se joga em casa na Série A.
A defesa leonina esteve abaixo do que se espera. Exceto João Ricardo, que fez grandes defesas, Tinga, Tite e Bruno Pacheco não conseguiram marcar o leve time do Cruzeiro. Matheus Pereira, Arthur Gomes, Marlon e Ramiro ganharam a maioria dos duelos individuais, criando jogadas de perigo.
No meio, Zé Welison e Pochettino também não conseguiram acompanhar o ritmo dos mineiros.
E na frente, Lucero ficou isolado, além de Machuca - novidade como titular - e Pikachu, foram pouco participativos.
E quando Vojvoda mudou a equipe, Pedro Augusto e Sasha não melhoraram o setor de contenção, nem Marinho, Kayser e Moises o setor ofensivo.
Sofrer o gol do empate com um jogador a mais - Lucas Romero foi expulso aos 41 do 2º tempo - e ainda permitir que o Cruzeiro tivesse a chance da virada logo depois é preocupante.
A torcida mostrou seu descontentamento após o apito final, já que esperava uma atuação consistente com foi diante do São Paulo. Agora é esperar melhor desempenho contra o Altos/PI - este jogo de nível de exigência mais baixo - e duas pedreiras: Boca Juniors e Bragantino.