A classificação do Fortaleza para 3ª Fase da Copa do Brasil foi justa pelo que a equipe produziu em campo e era o que importava para o clube no fim das contas. O empate em 0 a 0 não fez jus ao domínio do Leão sobre o Retrô no Castelão, com 23 chances de gol ao longo da partida. Mas se o domínio deve ser ressaltado, alertar sobre o desperdício de chances, assim como ocorreu no empate com o Maracanã pela 1ª semifinal do Cearense - 1 a 1 também no Castelão - também precisa ser feito.
O Fortaleza tem conseguido dominar adversários de menor porte, criar muitas chances, mas não tem conseguido 'matar' o jogo. As partidas contra Maracanã e Retrô tiveram roteiros semelhantes, como domínio, mas muitas oportunidades perdidas.
O momento técnico da equipe não é bom e há uma ansiedade natural da torcida pelas atuações recentes. Vojvoda tem procurado alternativas como fez diante do Retrô e mudou a cara do time na etapa final em busca da classificação.
As boas notícias foram a boa atuação de Machuca como armador, ganhando muitos duelos individuais com dribles e abrindo espaços, e no 2º tempo, a volta de Calebe, claramente o melhor jogador do elenco em termos técnicos. Ele melhorou o nível de passes e finalizações da equipe na pressão da etapa final.
De alerta, são os gols perdidos por Lucero - que não está no nível habitual -, Marinho, Pikachu...
A classificação veio, mas em jogos contra adversários de melhor nível no Estadual, Copa do Nordeste e 3ª Fase da Copa do Brasil, o desperdício pode custar caro.
O nível do elenco é alto e o aproveitamento nas finalizações precisa melhorar.