Um ano após fim da Troller, Ceará ainda negocia com duas montadoras

Duas empresas asiáticas estão na mira do Estado, mas as negociações caminham lentamente

Legenda: Fábrica da Troller, em Horizonte, encerrou atividades no fim de 2021
Foto: Thiago Gadelha

Um ano atrás, chegava ao fim o estoque de carros 0km da Troller, montadora cearense de veículos off-road cujas atividades se encerraram no fim de 2021, após decisão comercial tomada pela Ford, sua controladora. O encerramento da unidade de Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza, foi um desfecho amargo para o setor automobilístico do Ceará, que ficou órfão de fabricantes.

No entanto, o sonho de atrair para estas terras uma grande montadora continua vivo. O Estado mantém conversas com pelo menos duas marcas estrangeiras, a japonesa Toyota e a chinesa BYD. Vale lembrar que já há um protocolo de intenção assinado com a Higer Bus para instalação de uma fábrica de ônibus elétricos.

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Negociações

"Nós entregamos para a BYD um projeto em janeiro. Eles colocaram claramente que, primeiramente, iriam inaugurar uma rede de distribuição para formar mercado no Brasil. Inauguraram essa distribuidora de veículos recentemente, ligada a Carmais (do Grupo Ventura), que vai distribuir a BYD", pontua a esta Coluna o secretário do Desenvolvimento Econômico do Ceará, Maia Júnior, sobre o status da negociação.

Em relação à Toyota, que flerta com o Estado para investir, inicialmente, em um centro de distribuição de peças, o Palácio Abolição também está aguardando os próximos passos. Caso esse empreendimento se concretize, haveria a possibilidade de um investimento de maior porte da empresa japonesa em uma montadora de carros elétricos.

BYD e Toyota, inclusive, possuem uma parceria na produção de baterias elétricas.

Para Maia, o caminho para atrair investimentos neste setor passa, inevitavelmente, pelos veículos elétricos e híbridos.

"O Governo vai ter que continuar lutando em busca de uma indústria de automóveis com essas características não convencionais, o híbrido, usando hidrogênio, baterias elétricas. E o Ceará está pronto para isso, porque tem uma infraestrutura que vai favorecer muito trazer uma indústria automobilística futuramente para o Pecém. Esse arranjo é o grande desafio", diz o secretário.

 



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