Após anos de turbulência no BNB, Paulo Câmara pacifica gestão e leva banco a recordes

Banco do Nordeste, enfim, deixou para trás o furacão político que o assolou por anos e agora entrega resultados históricos

Legenda: Paulo Câmara assumiu a presidência do BNB em março de 2023
Foto: Fabiane de Paula/Diário do Nordeste

Instituição crucial para o desenvolvimento econômico da região, o Banco do Nordeste (BNB) passou longo período protagonizando o noticiário pelos motivos errados. Instabilidade política, guerra de influência nos bastidores e trocas de comando abruptas (teve até presidente que durou só 24 horas) tornaram-se comuns e macularam a imagem do banco de fomento.

No entanto, os tempos de turbulência, enfim, estão no retrovisor. Em pouco mais de um ano no comando do BNB, Paulo Câmara conseguiu pacificar a instituição, que voltou a focar na missão que lhe é inerente: impulsionar os negócios do Nordeste, dos microempreendedores às grandes empresas.

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De fala tranquila, Câmara logo se aproximou dos agentes estratégicos locais. Mesmo com perfil discreto, é sempre visto ao redor de empresários em eventos, nos quais já circula com fluidez.

Para quem foi governador de Pernambuco por 8 anos, o ofício de banqueiro, há de se convir, é bem menos espinhoso.

Recorde de desembolsos

A estabilidade no comando e nos bastidores trouxe resultados relevantes. No primeiro ano sob sua gestão, o banco atingiu R$ 58 bilhões em desembolsos, uma marca histórica que representa 27% de crescimento sobre o exercício de 2022. Para 2024, o desafio é superar o montante do ano passado.

Essa dinheirama financia os pequenos no início da jornada do empreendedorismo, os médios e os consolidados, em diversas atividades, como comércio, turismo, energias renováveis e produção agropecuária.

Programas consagrados, como o Crediamigo, ganharam tração. Neste ano, a projeção é liberar mais de R$ 11 bilhões em microcrédito urbano - dos quais R$ 3 bilhões para o Ceará - avanço de 5,2% sobre 2023.

O banco também está concluindo um concurso público com mais de 400 vagas. Os futuros convocados vão robustecer as agências do BNB, que prevê ampliar a presença de unidades físicas para chegar a mais pessoas.

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