Opinião
As esperanças aumentam em Porangabuçu
Leia a coluna deste sábado (3)
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Legenda:
Ceará vem de goleada por 6 a 0 sobre o Atlético-CE no Campeonato Cearense.
Foto:
Kid Júnior / SVM
Uma goleada, independente da importância do adversário que a sofre, motiva o grupo vencedor. A goleada tem o poder mágico de levantar o moral de quem andava desconfiado. Quer queiram, quer não, passa a impressão de foi descoberto o que faltava para o time engrenar de vez. A vitória do Ceará sobre o Atlético produziu uma situação assim. Uma espécie de “agora vai”. Até me fez lembrar a famosa canção “Vai, Vai Mesmo”, do genial Ataulfo Alves, imortalizada na voz de Nora Ney. Dirão, certamente, que o Atlético experimenta aguda crise financeira, com repercussão no elenco. É verdade. É notória a fragilidade atleticana. Entretanto, como a pré-temporada está sendo o próprio Campeonato Cearense, louvável é qualquer avanço que venha trazer a tão sonhada sintonia fina. Aqui não existe a hora da verdade. A rigor, são minutos de verdade, segundo de verdade, fração de segundos de verdade. O Ceará tem dado nítidos sinais de que está avançando para mares mais profundos. E tem feito isso de forma gradual, inteligente e programada. Não há empolgação interna: Há responsabilidade. Não existe coisa pronta: existe um time em formação. Erick Pulga parece ter encontrado o melhor ambiente para crescer.
Começa hoje a Copa do Nordeste. Chega em um momento muito importante. Teoricamente, tende a ampliar os desafios. O nível técnico está bem acima do nível do Campeonato Cearense. Um outro termômetro para medir a temperatura dos nossos representantes. No Castelão, o Fortaleza é o favorito diante do América-RN. Óbvio.
Dos 16 times que disputarão a Copa do Nordeste, Bahia e Vitória são os maiores vencedores, com quatro títulos cada. Portanto, o Estado da Bahia tem oito títulos de campeão do Nordeste. Depois de Bahia e Vitória, vem o Ceará com três títulos. Somados aos dois do Fortaleza, o Estado do Ceará tem cinco títulos. Os baianos, pois, estão bem acima dos concorrentes.
O desafio do Ceará, na estreia, amanhã, é difícil. O Juazeirense, em casa, costuma complicar. É bom frisar que o futebol no interior da Bahia é mais consistente que o do nosso interior. Os times do interior de lá ganham títulos estaduais. O Fluminense de Feira de Santana (2 títulos), o Atlético de Alagoinhas (2 títulos), o Bahia de Feira (1 títulos) e o Colo Colo de Ilhéus (1 título).
De certo modo, é bom. O Ceará começará a enfrentar equipes com maior poder de fogo. O aumento gradual das dificuldades permitirá as devidas correções que o técnico Vagner Mancini terá de fazer. Mas o primeiro teste de fogo mesmo para o Ceará será na quinta rodada, quando enfrentará o poderoso time do Bahia. Depois haverá o clássico diante do Fortaleza.
Ficou evidente, após as três rodadas do Campeonato Cearense, que o time mais preparado, já definido nas suas propostas, é o Fortaleza. Confirma-se o que todos já esperavam. Depois, em ritmo de crescimento, vem o Ceará, que ainda está em preparação. O Ferroviário precisa mostrar mais serviço. No momento, está aquém do que se esperava.