Campeonatos mundiais são encontros dos melhores atletas em suas modalidades, e representar o País e o Estado em uma competição desse nível é oportunidade bastante aclamada por atletas cearenses que estão na Eslovênia para participar do Mundial de Karatê-Do Tradicional, que acontece entre os dias 15 e 20 de novembro.
São cinco representantes: os irmãos Thiago e Felipe Nogueira, Ana Cherly, Nicolas Erik e Lorena Santos, de 16 anos, que deu entrevista à coluna e contou sobre as expectativas para sua primeira competição internacional.
Praticamente metade da vida de Lorena foi dedicada aos treinos do Karatê-Dô Tradicional, modalidade que iniciou aos oito anos, no Cuca do Mondubim. Desde então, a jovem treina duas vezes por semana e intensificando a preparação quando as competições se aproximam, como explica:
“Os treinos sempre foram às quartas e sextas-feiras. Durante esse tempo, fui me dedicando, evoluindo, participando de campeonatos até chegar nesse momento, em que fui convocada para a seleção brasileira.”
O caminho até essa “estreia” internacional não foi nada fácil. Lorena destaca os principais obstáculos:
“Dificuldade de reconhecimento e de visibilidade. Em consequência, não conseguimos patrocínio.”
E uma situação em que isso ficou bem evidente foi durante a preparação para o Mundial. A atleta e a família promoveram diversas ações para arrecadação de recursos, como campanha online, rifas e ainda precisaram fazer um esforço financeiro para custear os gastos com a viagem.
Sobre a representatividade em uma competição do porte do Mundial, Lorena contou quais serão os principais objetivos:
“Aperfeiçoar minha técnica, representar meu País, meu Estado e trazer visibilidade para o esporte.”
Os desejos de Lorena são comuns aos jovens atletas que sonham em crescer no esporte e esbarram em questões parecidas, de falta de recursos.