Com nova dupla no vôlei de praia, Rebecca valoriza inteligência emocional de parceira

Rebecca Silva e Ágatha Rippel se juntam de olho em uma das duas vagas para Paris 2024

Legenda: Expectativa é pela parceria da dupla com o Fortaleza
Foto: Divulgação

Quem acompanha vôlei de praia sabe que a troca entre as duplas é bastante comum. Os ciclos vão se renovando, as jogadas e estratégias já não fluem como sempre, então buscar alternativas é legítima opção para cada um continuar em alto rendimento também em conjunto. Chegar até a Olimpíada é o ápice motivador dessas mudanças. E pensando nisso, a cearense Rebecca Silva se junta à paranaense Ágatha Rippel, a partir de 2023, na corrida por uma vaga, em Paris 2024. 

Cearense vai em busca da segunda participação olímpica
Legenda: Cearense vai em busca da segunda participação olímpica
Foto: Wander Roberto / Inovafoto

Por pouco mais de um ano, Rebecca dividiu as quadras com Talita Antunes. A cearense apontou alguns dos motivos pelos quais elas resolveram seguir rumos diferentes:

“Não é uma decisão fácil você trocar de parceira, né? Até porque você divide muita coisa. Só que a gente sabe que a dupla no vôlei de praia tem que ter muita afinidade, né? Tem que ter todo um companheirismo e tal. A gente não conseguiu achar ali um feeling entendeu? Dessa situação. Mais profissional na verdade.” 

A nova parceria deve iniciar na prática, no próximo mês de janeiro. Ágatha deu à luz nesta terça-feira (1º), a sua primeira filha Kahena. E Rebecca vai aproveitar esses dois meses para descansar e se reorganizar para voltar à nova temporada. Ela conta que não teve essa pausa após os Jogos de Tóquio, no ano passado. 

Questionada sobre a combinação entre a dupla, Rebecca acredita que é cedo para falar sobre o encaixe de parcerias. Mas destacou a força que a experiência das duas representa e o estilo parecido no quesito descontração. Ela ainda exaltou a nova parceira:

“Uma pessoa experiente, já tem uma medalha olímpica, é bloqueadora. A Ágatha tem uma coisa que eu acho isso muito forte nela, que é o foco que ela tem. Essa inteligência emocional dela é muito grande. Então pra quem joga voleibol de praia é muito importante. “ 

 

Parceria com o Fortaleza Esporte Clube 

Atleta do Fortaleza desde março, Rebecca destacou a importância do apoio do clube e adiantou que Ágatha também deve fazer parte do projeto:

“O Fortaleza só veio pra me ajudar a crescer mais. [...] A torcida me abraçou muito aqui em Fortaleza, a gente vai continuar junto. [...] Com certeza, a expectativa é que ela entre junto, pra ficar o time completo com o Fortaleza.” 

Em relação ao local onde a dupla deve treinar, a cearense afirmou que ainda não há definição, mas que, inicialmente, deve ser no Rio de Janeiro, por conta da logística de Ágatha com a filha recém-nascida. 

Questionada sobre uma possível desvantagem em relação às outras duas principais duplas (Ana Patrícia e Duda/ Bárbara Seixas e Carol Solberg) que devem disputar as vagas olímpicas, Rebecca foi enfática e não acredita que elas entrem atrás nessa corrida, pois os pontos só começam a contar ano que vem. 

 

Inicialmente, dupla deve treinar no Rio de Janeiro
Legenda: Inicialmente, dupla deve treinar no Rio de Janeiro
Foto: Divulgação

 

Ceará, celeiro do vôlei de praia 

Grandes nomes, além de Rebecca, surgiram do vôlei de praia cearense. Entre eles os medalhistas olímpicos Shelda e Márcio Araújo. Sobre a nova geração, a atleta destaca que sempre há oportunidades por aqui, mas que o sucesso desses novos atletas depende muito de patrocínio, principalmente, por conta dos custos de participar do Circuito Mundial, que é a maior “vitrine” para os jogadores. 

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