Opinião
Após primeira vitória, ainda dá tempo para equipe do Rede Cuca permanecer na elite do vôlei?
Resultado positivo foi contra o Brasília, adversário direto contra o rebaixamento
Um marco para a história do vôlei cearense: primeira vitória de uma equipe local na “Superliga A”, que é a principal competição nacional da modalidade uma das mais disputadas do mundo. O feito aconteceu na 15ª rodada de 22, que acontecem na primeira etapa da disputa, antes da fase eliminatória, de quartas de final.
E é aí que entra a questão: será que ainda dá tempo de lutar pela permanência? São 12 equipes competindo e as duas últimas caem para a Superliga B, na próxima temporada. Mesmo com a vitória, o time cearense continua na lanterna, com três pontos, atrás, justamente do Brasília, de quem ganhou nesta segunda-feira (30), por 3 sets a 0. A disputa, na real, é contra o América - MG, primeiro fora da zona e com 11 pontos.
Matematicamente, é possível. Afinal, restam 21 pontos em jogo (sete partidas) - ainda vai acontecer o confronto direto com o time mineiro e outros que figuram abaixo da metade da tabela. Mas além de números, outros pontos pesam, para análise esportiva.
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Evolução
A equipe cearense vem apresentando um melhor volume de jogo ao longo da temporada. Ajustes estão sendo feitos e o time titular já é bem diferente daquele que iniciou a competição, em outubro. Apesar disso, a vitória demorou muito a chegar, para parâmetros de tabela.
Para critérios de contexto, é motivo para se comemorar: uma equipe que rapidamente realizou transição de amadorismo para profissionalismo, foi chamada a menos de três meses do início da Superliga e ainda assim esteve para jogo, sem titubear e, aparentemente, sempre com uma perseverança de chamar atenção.
Em outras circunstâncias, facilmente, medidas mais drásticas já teriam sido tomadas. Mas esse é um exemplo de que é preciso dar o tempo para maturar um projeto que aos poucos parece entrar no eixo.
A primeira vitória serve para afastar um fantasma, que parecia assombrar constantemente o grupo, que disputava parciais iniciais no mesmo nível e, muitas vezes, superior aos adversários, mas no fechamento dos sets parecia desandar, o que comprometia os resultados. O estigma de ser o único time nos dois naipes da Superliga a não pontuar ficou pra trás.
Próximo jogo
O próximo desafio é contra o Suzano, equipe que também subiu este ano, à elite, mas que se encontra em uma situação bem mais confortável, em 7º, de olho em uma possível disputa de playoffs. O confronto acontece dia 6 de fevereiro, no Ginásio Paulo Sarasate, às 19h.
