Cid Gomes mostra força política, mas terá desafio para impor sua forma de definir candidaturas

Ato de filiação do senador mostrou peso, mas ele parte de uma liderança sem ter na mão o peso do poder que está com o PT

Legenda: Senador contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin no seu evento de filiação ao PSB
Foto: Thiago Gadelha

O senador Cid Gomes, ao se filiar ao PSB, mostrou força política. O evento teve peso significativo com a filiação de 40 prefeitos de praticamente todas as regiões do Estado. Em março, com a janela partidária, o PSB, que já virou o partido com maior número de prefeitos no Estado, deverá ter crescimento significativo também em vereadores filiados. 

Esses fatos já mostram que o ato de filiação de Cid ao partido é o maior evento político no ano eleitoral, até o momento. O senador é reconhecido na política cearense como um dos que mais sabe manobrar o jogo político, com visão conjuntural peculiar. Isso é relevante para grupos com numeroso número de líderes e partidos. 

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O racha entre os antigos aliados provocado pelo rompimento entre PT e PDT em 2022, porém, levantou dúvidas sobre a capacidade de articulação e o peso político que teria após o desfecho da campanha, em que Camilo Santana, seu aliado, ganhou o status de maior líder do Estado – inclusive reforçado por Cid no evento do fim de semana

O ato de filiação ao PSB voltou a mostrar que o Ferreira Gomes ainda tem uma dimensão a ser considerada como liderança capaz de conduzir um grupo e modificar rumos de um pleito eleitoral. 

É bom lembrar, entretanto, que a conjuntura é bem diferente. Cid construiu a liderança e fortaleceu os aliados comandando o braço forte do poder. Desta vez, o comando é do PT, em nível nacional e estadual.  

Será mais difícil para ele fazer prevalecer suas ideias no novo contexto. De uma forma ou de outra, não é exagero dizer que a sucessão municipal – principalmente em Fortaleza - começa agora.

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