O ex-governador Camilo Santana (PT) está adotando uma tática estilo Cid Gomes (PDT): falar pouco sobre o embate entre aliados na sucessão estadual. Camilo tem rodado o Ceará recebendo títulos de cidadania no momento que antecede a campanha eleitoral. Ele deve ser candidato ao Senado e tem adotado um tom conciliador em relação à continuidade da aliança entre PT e PDT.
Em contato com esta coluna, na quinta-feira (9), Camilo se esquivou da maioria das perguntas. Ele detalhou que tem evitado entrar nessas questões porque o PDT tem quatro nomes à disposição da aliança e também para dar ao partido aliado toda a “autonomia” para tomar a decisão de escolha.
“Meu compromisso. e é o que eu tenho defendido. é a continuidade desta aliança que tem feito muito pelo Ceará. O Estado precisa continuar avançando e eu acredito que a aliança é fundamental. Com diálogo, entendimentos e fazendo o que é melhor para o Ceará”.
O PT, partido de Camilo, por meio de suas lideranças, têm defendido o nome da governadora Izolda Cela (PDT) para a reeleição. Camilo tem evitado entrar na defesa de alguns dos nomes, individualmente, mas faz sinalizações elogiosas à governadora, de quem foi companheiro nos dois governos.
Recentemente, o governador esteve reunido com o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT). A conversa foi vista por aliados como um sinal de que, apesar dos confrontos nos bastidores, há diálogo entre as lideranças que comandam o grupo governista.
Sarto, em março, disse que Roberto Cláudio era o nome mais preparado do PDT para a missão.
“Essa agenda era um compromisso que eu tinha com o Sarto, meu amigo, um parceiro de governo, de jornadas... Depois que ele voltou dessa viagem à Europa resolvemos marcar. Essa parceria que temos do programa “Juntos por Fortaleza” tem trazido muitos ganhos à população. E isso mostra que essa parceria entre Estado e Prefeitura é importante”, disse Camilo, ao insistir em não comentar a questão política.