O Contrato de Gestão de 10 Aeroportos regionais cearenses entre o Estado do Ceará, por meio da Superintendência de Obras Públicas (SOP) e a estatal federal Infraero deverá ser mantida.
À Coluna, a SOP confirmou a informação: "A Superintendência de Obras Públicas informa que o contrato vigente de cinco anos com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) para a prestação dos serviços de administração, operação, manutenção e conservação dos dez terminais regionais do Estado terá continuidade, podendo ser renovado por igual período, conforme a nova Lei de Licitações 14.133/2021".
"A continuidade do contrato de gestão com a Infraero demonstra o interesse do governador do Ceará, Elmano de Freitas, de garantir serviço de qualidade aos cearenses e aos visitantes, além de fortalecer a cadeia do turismo com a ampliação da malha aérea e do número de voos com destino ao Ceará", acrescentou.
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Ainda, a SOP deu-nos informações sobre investimentos que serão realizados em alguns aeroportos, pergunta que fizemos. Por exemplo, a falta de investimentos no aeroporto de Quixadá foi determinante para que a Azul não iniciasse seus voos em julho passado, conforme publicamos.
"Os investimentos orçados em R$ 7.250.000,00, serão feitos na melhoria da infraestrutura dos aeroportos de Aracati, Campos Sales, Jericoacoara, Sobral e Quixadá", completou a nota da SOP.
Dessa forma a dúvida sobre continuidade do Contrato se encerra, a necessidade de investimentos parece estar solucionada, porém, não sabemos quais contrapartidas novas terá a Infraero do Governo do Estado.
Em meados de agosto, em entrevista ao Sistema Verdes Mares, o Governador Elmano de Freitas disse que a Infraero afirmou ter dinheiro em caixa (R$ 2 bilhões) para realizar investimentos nos aeroportos para melhorias. Após a assinatura do Contrato, o setor jurídico da estatal informara que não poderiam ser realizados investimentos, a menos que os aeroportos fossem doados à estatal.
Frente a essa pedida totalmente não razoável, sobretudo porque o Estado possui equipamentos novos como o aeroporto de Sobral que custou da ordem de R$ 70 milhões, e da necessidade de realizar investimentos (como em Quixadá), pensou-se em encerramento contratual, como informamos.
Apesar da dificuldade, o Governador informou (meados de agosto) que estaria havendo negociações para buscar solução ao imbróglio. Segundo Elmano de Freitas, a pedida da Infraero envolvia ajuste de tarifas (“2, 3 reais a mais”) e algumas reformas nos aeroportos.
Como contrapartida, haveria equacionamento para as necessidades de Quixadá e ações voltadas à construção do aeroporto de Morada Nova.
Nesses 13 meses à frente da Infraero, não houve ainda relevante atração a maior de voos para os aeroportos do interior, pelo menos, Sobral, São Benedito, Crateús, Iguatu.
Em outubro, a Azul Conecta incrementará frequências a mais sim para esses aeroportos, porém, há certa conexão com a frustração do início das operações em Quixadá.
Apesar disso, como publicamos, o incremento da Conecta deve ser enaltecido e teve participação da Infraero.
Ainda, a Infraero deveria envidar esforços adicionais para ocupar os super ociosos em voos comerciais aeroportos regionais de Sobral e Aracati, aparelhos novos, acima da média nacional, mas vazios.