Embora a palavra esteja na moda quando o assunto é futebol, a 'convicção' dos dirigentes da maioria dos clubes do futebol brasileiro não anda em alta. Dos 20 clubes da Série A, 10 (metade) iniciaram trabalhos do 'zero' em 2022, com a mudança do treinador.
Destes 10, cinco já realizaram trocas após os primeiros resultados dos campeonatos estaduais, contradizendo um discurso comum que as competições só representariam pré-temporada para as equipes. Botafogo, Corinthians, Juventude, Atlético-GO e Avaí já demitiram técnicos neste ano, com poucos jogos disputados e toda uma pré-temporada realizada.
Outras 3 equipes decidiram virar o ano sob novo comando e aproveitaram, pelo menos, o período sem jogos para aprimorar as novas ideias de jogo. Cuiabá, Internacional e Flamengo são exemplos, após a não renovação de Jorginho e Aguirre. Renato Gaúcho já havia sido demitido nas rodadas finais do brasileiro.
Outros dois times viram os técnicos que finalizaram a Série A pedirem para não permanecer. Foi o caso de Cuca, no Atlético-MG e de Marcão, no Fluminense.
Continuaram com os mesmos treinadores (até o momento): Ceará, Fortaleza, Goiás, Coritiba, Santos, São Paulo, Athletico-PR, Bragantino, Palmeiras e América-MG.
A vantagem da manutenção
Ceará e Fortaleza, como visto acima, estão na segunda metade de equipes que conservaram o trabalho. Os ganhos são enormes e há uma boa tendência de melhor maturação do desempenho do que equipes que iniciam trabalhos do zero.
Óbvio que isso não é garantia de sucesso, tendo em vista que a lógica não é o forte do futebol, mas são bons indícios que Vovô e Leão devem fazer boas temporadas na Série A.
Resta agora observar como os clubes cearenses irão digerir os resultados do Campeonato Cearense e Copa do Nordeste, competições que antecedem o Brasileiro. Terão maturidade para encarar o insucesso? Não dá para os dois ganharem tudo. Alguém vai perder antes da Série A.