Vida do agropecuarista Luiz Girão vira livro cheio de emoções

Escrito por Francílio Dourado Filho, o livro de 160 páginas será lançado na Pecnordeste, que se realizará de 5 a 7 de junho no Centro de Eventos

Escrito por
Egídio Serpa egidio.serpa@svm.com.br
(Atualizado às 06:03)
Legenda: Está em livro a vida empresarial do agropecuarista z Girão, na foto ao lado do seu filho Bruno, CEO da Alvoar
Foto: Divulgação
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Haverá muitas atrações na Pecnordeste deste ano, que será realizada nos dias5, 6 e 7 do próximo mês de junho no Centro de Eventos do Ceará – até um inédito concurso leiteiro do qual participarão, na área do estacionamento interno daquele equipamento, as 100 vacas mais produtoras do estado.

Mas nenhuma delas atrairá a unanimidade da atenção dos que produzem e trabalham na zona rural cearense: o lançamento do livro “Luiz Prata Girão – a força do Sertão”, que traz em 160 páginas, elaboradas pelo escritor Francílio Dourado Filho, a história desse empresário, que, na opinião dos prefaciadores Amílcar Silveira, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), e José Antunes Mota, presidente do Sindilacticínios, é um dos maiores ícones do agro cearense. Luiz Girão – eles afirmam – “reflete por excelência o jeito de ser de um povo aguerrido e trabalhador, criativo e perseverante, capaz de enxergar oportunidades onde muitos veem apenas obstáculos, que é o povo do Ceará”.

Com esse livro, a Faec e o Senar Ceará inaugurarão a Coleção “O Saber que Nasce do Agro”, que publicará outras histórias de agricultores e pecuaristas que transformaram o setor primário estsdual cearense na atividade econômica que mais cresce aqui.

Toda a bela e rica história de Luizinho Girão, como é chamado carinhosamente pelos seus amigos, começa na página 25, com o seguinte depoimento dele: “Sou filho do sertão. Viver no sertão me ensinou que a sapiência do homem não vem dos livros nem dos bancos de escola, ela é filha da curiosidade e da leitura que cada um faz do mundo ao seu redor.”

Depois de referir-se longamente sobre a educação que recebeu dos seus pais – Luiz Girão e Maria Celeste – Luizinho foi direto ao ponto e contou que, em 1975, ele e um grupo de amigos empresários compraram a novíssima usina de leite de Quixeramobim, que, com recursos do Finor, foi instalada por Gerardo Matos Bezerra Lima e Paulo Cirino, ex-prefeito de Maranguape.

Em poucos dias, o negócio foi fechado. Mas não foram poucos os que lhe disseram: “Você é louco? Como foi se meter num negócio desse tamanho?”. Essa desconfiança, ao contrário de desanimá-lo, motivaram-no “a provar a todos que eu era capaz, e que não iria decepcionar aqueles que, acreditando em mim, investiram comigo na aquisição da fazenda Betânia e da usina”.

Desde então, a vida de Luiz Girão mudou: ele trocou as farras de fins de semana em Fortaleza pelo trabalho duro e diário na fazenda e na usina de leite em Quixeramobim. Primeiro desafio: convencer os produtores de leite da região a acreditar no seu negócio. Não foi fácil, mas ele o conseguiu. E a Betânia tornou-se a fonte de referência dos pecuaristas – grandes e pequenos – do Sertão Central.

O livro lembra as interessantes batalhas marqueteiras da Betânia com sua concorrente Cila. E, também, a venda da Betânia para a Parmalat e sua posterior retomada, para o que ele  contou a ajuda do seu amigo Jorge Parente. O dinheiro da venda da Betânia foi aplicado no pagamento das contas, e o que sobrou ele investiu na compra de apartamentos em Fortaleza. De novo foi morar no sertão, onde refez todos os seus planos, passando a produzir milho com tecnologia da irrigação por pivô central. Ele cresceu e hoje produz, diariamente, 25 mil litros de leite.

O livro de Francílio Dourado tem um depoimento de Bruno Girão, responsável pela virada de chave da Betânia, que se associou à mineira Embaré, de cujo consórcio nasceu a Alvoar, a quinta maior indústria de lácteos do país. “A peça-chave de toda esta história é, sem dúvida, Luiz Prata Girão, a quem eu tenho o orgulho de me dizer seu filho.” Todas as 160 páginas do livro são de pura emoção e os que o lerem conhecerão em pormenores a história de um agropecuarista que prova, mais uma vez que, o melhor do Ceará é o cearense.

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