Um Novo Caminho: Tudo fazer por amor

Como o que pareceu uma tragédia mudou - e segue mudando - a vida de milhares de jovens. E como esses jovens atraem suas famílias para o amor a Deus e ao próximo

Legenda: Foto de jovens do Grupo Um Novo Caminho no palco do Teatro RioMar, após apresentação a peça "Fiat" (Faça-se!)
Foto: Um Novo Caminho / Grupo de Comunicação

Hoje, é um dia muito especial para este colunista e para milhares de jovens cearenses.

Nesta data, há exatos 30 anos, foi fundada a Comunidade Católica Missionária Mariana Um Novo Caminho. Ela nasceu de uma pergunta que eu fiz, em alta voz, diante do corpo do meu filho de 24 anos, o jornalista José Oriá Serpa Neto, Serpinha – morto no dia 1º de março de 1992 em um acidente de automóvel – e de centenas de jovens, seus parentes e amigos, reunidos no Cemitério Parque da Paz, na manhã do dia seguinte, para o seu sepultamento: 

“Senhor, meu Deus, não quero saber por que isto aconteceu, mas me responda para que isto aconteceu?”, gritei, chorando e olhando para o alto. 

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Quatro meses depois, num Congresso da Renovação Carismática Católica (RCC) em Aparecida (SP), Deus deu resposta ao meu apelo. 

Um garoto imberbe – obediente à orientação do padre Jonas Habib, fundador da Comunidade Canção Nova, que conduzia um momento de louvor a Deus e que pediu para que uns fizessem oração pelos outros – impôs suas mãos sobre a cabeça de Helena, minha mulher e mãe do Serpinha, e, após orar por alguns minutos, disse a ela o seguinte: 

“Deus tem uma grande obra a realizar por meio da senhora”. 

Nos cadernos de anotações da Helena, nos quais ela escrevia, como escreve até hoje, o que – nos seus longos momentos de oração e de posterior meditação – Deus lhe falava, já havia claros indícios de que ela deveria dedicar-se à evangelização dos jovens. 

Ao retornar a Fortaleza, trazendo na mente e no coração aquela mensagem divina transmitida pela voz de um menino que ela jamais havia visto antes, Helena chamou um grupo de jovens com os quais mantinha relação desde a morte do filho e lhes narrou o que ouvira em Aparecida. Entre eles, estava Gilson Gomes Filho, o Gilsinho, seu sobrinho, que a ajudou a fundar o grupo e a dar-lhe diretrizes. 

No dia 21 de julho de 1992, um punhado de 23 rapazes e moças reuniu-se em seu apartamento, batizando-se Grupo Um Novo Caminho. O grupo cresceu rapidamente e teve, duas semanas depois, de transferir o local das reuniões para o salão de festas do seu condomínio, o Residencial Flamengo, onde, por cinco anos, fez seus encontros semanais, com orações e cânticos, sem um único protesto dos condôminos.

O grupo tornou-se grande demais e teve de trocar de endereço, abrigando-se na Comunidade Nova Evangelização fundada pela senhora Lúcia Medeiros, da RCC. E não parou de crescer, a ponto de tornar-se independente, transferindo-se para a sua própria sede, na rua Dom Expedito Lopes, onde ocupa três casas.

Hoje, a Comunidade Um Novo Caminho cumpre sua missão de evangelizar os jovens e suas famílias. Por ela já passaram mais de 3 mil jovens, muitos dos quais perseveram na fé. Reparem neste detalhe: cerca de 300 rapazes e moças — de todas as camadas sociais – conheceram-se, namoraram, noivaram e casaram-se na comunidade e dessas uniões já nasceu quase uma centena de filhos (por isto mesmo, diz-se que o Novo Caminho é uma comunidade, uma maternidade e uma creche a serviço de Deus). 
 
O Novo Caminho dedica-se, também, por meio de seus diferentes ministérios e grupos, à assistência social e espiritual a comunidades carentes de Fortaleza e do interior do Estado. Para isso, conta com o apoio e a solidariedade de empresas e empresários, cujas doações são transformadas em ajuda material. 

O lema do Novo Caminho é “tudo fazer por amor”, e isto vale no trabalho, em casa, junto à família, com os amigos, no lazer, em viagem, na igreja ou fora dela, enfim, em todos os lugares e em todas as ocasiões.   

Para celebrar os seus primeiros 30 anos de vida, a Comunidade Católica Um Novo Caminho promove hoje, às 20 horas, no Lulla’s Athenee, um jantar-show com os cantores Paulo José Benevides e Ticiana de Paula, profissionais de sucesso cuja vocação artística nasceu no Novo Caminho. Paulo José logo nos primeiros anos da comunidade; Ticiana, quando tinha 13 anos. 
 
Ontem, o padre Raphael Maciel celebrou, na sede da comunidade, missa solene pelos 30 anos do Novo Caminho. 

Outro detalhe: Gilsinho morreu de câncer em fevereiro de 2019. Antes de falecer, ele escreveu a seguinte mensagem:

“Se minha fé não mudar minha maneira de encarar a morte, de nada ela servirá”.

MAIS UM MATHEUS, AGORA EM FORTALEZA

Vem aí, no Conjunto José Walter, na região Sul de Fortaleza, a primeira loja da grande rede Supermercado Mateus na capital cearense.

Mas o grupo maranhense, um dos cinco maiores do varejo supermercadista brasileiro, também abrirá uma loja em Pacajus, na RMF.

Fundado na cidade de Balsas, no Maranhão, o grupo Mateus tem 35 anos de existência, está em 88 cidades de sete estados, tem 221 lojas e conta com mais de 15 mil colaboradores.