Segunda maior rede de farmácias do Brasil e a primeira presente em todos os estados da Federação, a Pague Menos publicou nesta segunda-feira o balanço financeiro do terceiro trimestre deste ano, que lhe trouxe um dos melhores resultados dos últimos anos.
No período julho-agosto-setembro, o lucro líquido da Pague Menos alcançou R$ 53,9 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 0,4 milhão registrado no mesmo período do ano anterior.
A margem líquida, por sua vez, foi ao patamar de 1,5% da receita bruta, um incremento de 1,5% em relação ao terceiro trimestre de 2023.
Já o EBITDA ajustado totalizou R$ 190,7 milhões, crescendo 32,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Com isso, a companhia alcançou margem EBITDA de 5,4%, recorde histórico de rentabilidade operacional para um terceiro trimestre do ano.
“Os resultados coroam um trabalho intenso focado no processo de renovação e de mudança nas nossas operações ao longo dos últimos meses. Nossa evolução operacional e captura acelerada das sinergias com Extrafarma impactaram de forma muito positiva a nossa rentabilidade e geração de caixa”, como explicou Jonas Marques, CEO da Pague Menos.
“Além disso, ampliamos nosso market share em todas as regiões do país, mesmo com a desaceleração do nosso processo de expansão orgânica. No Nordeste, voltamos a superar a marca de 20% de participação no mercado, a maior desde 2020. Na região Sudeste tivemos crescimento médio por loja aproximadamente duas vezes maior que a média dos concorrentes. Todos esses indicadores evidenciam que estamos no rumo certo, e que os próximos meses seguiremos entregando crescimento robusto”, prometeu Marques.
A integração da Extrafarma, adquirida em agosto de 2022, gerou sinergias de R$ 234 milhões em bases anualizadas, 90% do topo do range projetado. O resultado foi alcançado principalmente em função da aceleração no crescimento de vendas e avanço na otimização do footprint da companhia.
Até o final do terceiro trimestre deste ano, 111 lojas da Extrafarma foram convertidas em Pague Menos. Atualmente, a marca Extrafarma segue presente apenas nos estados do Amapá, Pará, Maranhão e Ceará.
“A conversão de bandeiras tem se mostrado importante alavanca para incremento de vendas. Seguimos realizando testes nessas localidades para, eventualmente, ampliar a conversão de bandeiras”, explicou o CEO.
O 3T24 também trouxe aceleração do ritmo de vendas, em linha com a tendência positiva observada desde o início do ano. A Pague Menos registrou crescimento de 13,9% nas vendas totais, o maior ritmo registrado em sete anos (expurgando o 2T21, afetado pela pandemia da Covid-19).
“O desempenho mostra-se ainda mais robusto se considerarmos fatores como a desaceleração inflacionária e o menor ritmo de expansão orgânica da rede. Grande parte da aceleração se deve à efetividade das ‘missões operacionais’, uma iniciativa implementada pelo novo CEO no início de 2024 para otimizar a operação de lojas, com foco em áreas como atendimento, processos, manutenção, precificação e estabilidade de TI.
Assim como nos outros trimestres, a gestão de capital de giro segue evoluindo em trajetória positiva, contribuindo diretamente para a desalavancagem financeira. O ciclo de caixa operacional alcançou 51 dias no 3T24, redução de 9 dias na comparação com o mesmo período do ano anterior.
A dívida líquida, por seu lado, totalizou R$ 1,286 bilhão no 3T24, uma redução de R$ 74,9 milhões em relação ao trimestre passado. O índice de dívida líquida/EBITDA caiu para 2,2x, acumulando uma redução de 0,2x nos últimos 12 meses e de 0,9x desde o pico no 2T23, com projeção de encerrar o ano abaixo de 2,0x EBITDA.
“A nossa trajetória de desalavancagem fica ainda mais evidente ao incluir a recomposição do contas a receber e parcelas pagas pela aquisição da Extrafarma, que absorveram parte da geração de caixa recente. Com esses valores, a alavancagem financeira foi reduzida de 3,8x no 3T23 para 2,8x no 3T24”,disse o executivo.
O desempenho de vendas no trimestre foi alavancado por crescimento de 7,6% na quantidade de atendimentos, mesmo com a estabilidade na base de lojas, e aumento de 5,9% no ticket médio, acima da inflação. No conceito mesmas lojas, os atendimentos cresceram 7,2% — 6,7% no portfólio Pague Menos e 9,2% no portfólio Extrafarma —, refletindo aceleração em ambas as bandeiras. Parte do crescimento de volume decorre da atração de novos clientes, impulsionada por estratégias de marketing e CRM mais assertivas, especialmente nos canais digitais. A base de clientes ativos alcançou um recorde de 21,1 milhões nos últimos 12 meses, enquanto a parcela de clientes omnichannel chegou a 9,4%, 1,4 p.p. acima do período anterior.
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