Na Urgência de um hospital público na Espanha
Aconteceu neste sábado na cidade de Córdoba.
Córdoba (Espanha) -- Na manhã deste sábado, 4/10, este colunista foi atendido pelo Servicio Andaluz de Salud, mais precisamente no setor de Urgência do hospital público Carlos Castilla del Pino, no centro de Córdoba, uma das belas cidades da belíssima Andaluzia.
Com fortes dores na garganta provocadas por uma crise de refluxo, o acima assinado surpreendeu-se, positivamente, com a rapidez e a qualidade do serviço prestado.
O setor de Urgência do hospital ocupa uma área de cerca de 100 metros quadrados, com cadeiras bem-dispostas para os pacientes, que, naquele momento, não passavam de uma dezena, todos falando muito baixo ou em silêncio.
O educado atendente da Urgência pediu o passaporte do colunista, com base no qual teclou no seu computador informações que resultaram na emissão de uma senha – a Y1B8. Cinco minutos depois, na grande tela da sala, apareceu a senha com a seguinte orientação: “Triaje”.
Na sala de triagem, uma jovem toda vestida de azul claro perguntou sobre o motivo da urgência. Respondida a pergunta e depois de teclá-la no seu computador, ela mandou o colunista de volta à sala de atendimento. Após menos de 10 minutos de espera, apareceu na tela a Senha Y1B8, com o aviso: “Atendimiento Médico sala 1".
Uma simpática clínica geral, a dra. Nuria Fernandez Lorenzo, usando uma máscara no rosto e um uniforme com listas vermelhas e verdes, lembrando o traje dos bombeiros, fez as perguntas típicas de um atendimento de urgência. Depois, examinou a garganta e auscultou os pulmões do paciente, receitando-lhe Amoxicilina 875 mg/125m de oito em oito horas e mais Paracetamol, igualmente três vezes ao dia durante cinco dias.
Esta história terminaria aí, se não fosse o inusitado que se registraria em seguida, na farmácia “Acofarma – Bienestar contigo”, na qual uma bela moça loira, de olhos azuis, cujo corpo estava coberto por uma bata imaculadamente branca, aviou a receita, entregando numa sacolinha branca os medicamentos prescritos, com esta declaração:
“São 8 euros e 10 centavos!” (algo como R$ 54,42).
Por que tão barato? No Brasil, só a Amoxicilina custa em média R$ 105. Sílvio Carlos Ribeiro, secretário Executivo do Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Governo do Ceará, que residiu durante um ano em Córdoba, explicou:
“Na Espanha, as pessoas de mais de 60 anos de idade têm abatimento na compra de medicamentos’.
Conclusão: ser idoso é conviver, também, com bônus.
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