Na Fiec, Almoço do Governador une setores público e privado

O evento tradicional do calendário da entidade revela neste ano -- para além da confraternização dos governados com quem governa -- a perfeita união das lideranças empresariais da indústria e do agro do Ceará

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(Atualizado às 07:11)
Legenda: O governador Elmano de Freitas (E) e o presidente da Fiec, RIcardo Cavalcante, juntos na Fiec Summit deste ano
Foto: Egídio Serpa

Hoje, como anualmente acontece, a Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) promove o que já é denominado Almoço do Governador.

É um evento que, iniciado na gestão de Beto Studart e por iniciativa do atual presidente da entidade, Ricardo Cavalcante, não se restringe ao empresariado industrial, mas se estende, também, ao das outras atividades da economia, como a da agropecuária, um detalhe revelador da alta qualidade das atuais relações que mantêm as lideranças de quem trabalha e produz neste Ceará de vocação empreendedora.

A boa, amistosa e franca convivência do setor privado com o poder público no Ceará tornou-se mais estreita nos últimos anos, consolidando-se agora na administração do governador Elmano de Freitas, que tem mostrado, na prática, boa disposição para o diálogo.

Essa respeitosa e permanente relação, é bom lembrar, tornou as duas partes fortes parceiras em vários projetos, o mais importante e explícito dos quais, na área da indústria, é o da implantação do Hub do Hidrogênio Verde do Pecém, ao qual a Fiec empresta apoio institucional desde o primeiro minuto, a ponto de idealizar e realizar três edições do Fiec Summit Hidrogênio Verde, evento que ganhou projeção internacional graças à presença de grandes empresas, empresários, autoridades governamentais e pesquisadores de universidades brasileiras e estrangeiras.

Por mais diferenças ideológicas que possam existir – e existem e são públicas e notórias – entre o empresariado e o chefe do Poder Executivo cearense, o que está sempre presente nas suas tratativas, nas suas reuniões, nos seus debates e nas suas decisões é o interesse do Estado do Ceará, cujo desenvolvimento econômico e social tem sido dinamizado nos últimos 10 anos, período de gestão do PT, o partido de Elmano de Freitas e de seu antecessor, Camilo Santana, agora ministro da Educação.

E o que hoje assinala, ainda mais, a boa camaradagem que marca a amizade pessoal do governador Elmano de Freitas com os líderes do setor privado pode ser medido pela maneira com que ele trata o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, e por este é tratado, na gerência dos problemas ligados à economia primária estadual.

Do ponto de vista ideológico, Elmano e Amílcar estão em campos absolutamente opostos. Os dois, contudo, convergem para o mesmo ponto de vista quando o que está em jogo é o progresso do agro cearense.

Um bom exemplo disto acontece nestes dias. Como se sabe, o Ceará é o único estado do Brasil que ainda proíbe a pulverização aérea. Mas isto poderá mudar ainda neste mês, porque o Poder Legislativo examina, com o apoio do Executivo, proposta que permite o uso de drones para a execução dessa tarefa, que, na opinião do próprio governador Elmano de Freitas, é uma saída correta para a resolução do problema.

Elmano de Freitas considera inacreditável e inadmissível que, em pleno Século XXI, um trabalhador execute o serviço de pulverização sobre bananeirais ou sobre outras culturas, carregando nas costas um balde cheio de defensivos químicos.

Ele reconhece – e já o disse em auditórios – que a tecnologia do drone evoluiu, e evoluiu a tal ponto que esses objetos voadores movidos por controle remoto pulverizam com milimétrica precisão, sem causar danos ao meio ambiente. E o que é mais importante: demitem desse serviço o esforço humano.

O Almoço do Governador, na Fiec – sobre ser a confraternização de quem é governado com aquele que governa – é, também, a feliz oportunidade para um balanço do que se fez, ou se deixou de fazer, durante o ano.

Ricardo Cavalcante, o anfitrião industrial de hoje, e seu colega do agro, Amílcar Silveira, confessaram à coluna que, olhando pelo retrovisor do tempo, estão cientes e conscientes de que fizeram, neste 2024, tudo ao seu alcance pelo crescimento da economia do Ceará em suas respectivas áreas.

E projetam um otimista Ano Novo.

Na indústria, as grandes empresas com projetos de produção do H2V no Pecém, como a Fortescue e a Casa dos Ventos, deverão confirmar seus investimentos (US$ 5 bilhões de cada uma). E para essa sofisticada indústria, da qual faz parte, também, a que gera energias renováveis como a solar e a eólica, o Senai-Ceará, organismo do Sistema Fiec, prepara e qualifica a mão de obra.

Na agropecuária, há três boas notícias na agenda de 2025: a primeira é a volta da Itaueira Agropecuária à produção de melão no Ceará, a partir do próximo mês de maio; a segunda – se a pluviometria for favorável – será o aumento da área plantada e da produção de algodão na Chapada do Apodi e na região do Cariri; e a terceira será a retomada das exportações de camarão para o Reino Unido, um sonho sonhado pelo cearense Cristiano Maia, que estará presente ao Almoço do Governador.

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