Um encontro de 1 mil “Mulheres do Agro” do Ceará, que se iniciará às 15 horas e terminará às 18 horas, marcará hoje o encerramento da 27ª Pecnordeste – maior feira indoor (em ambiente fechado) da agropecuária brasileira.
Neste ano, o evento – promovido pela Faec em parceria com o Sebrae-CE e o Senar-CE – bateu todos os seus recordes de espaço (27 mil m²), de público (60 mil visitantes ao longo dos três dias) e de expositores (quase 500 empresas e instituições públicas e privadas) que ocuparam 1.104 estandes.
O encontro das “Mulheres do Agro” juntará agricultoras e pecuaristas de quase todos os municípios cearenses, que debaterão aspectos de sua crescente participação nas atividades da produção rural, algo que já é muito forte no Sul e Sudeste do país.
Rita Grangeiro, que produz coco e feijão verdes em sua fazenda de Paracuru, e Candice Rangel, que cria gado Nelore em sua fazenda de Brejo Santo, lideram o evento do qual sairão algumas diretrizes que nortearão os próximos passos do movimento. A reunião das “Mulheres do Agro” terá como palco o auditório central da Pecnordeste, no Pavilhão Leste do Centro de Eventos.
“Estamos mobilizadas para fazer do nosso encontro uma prova da força feminina no agro cearense. Graças a Deus, a presença da mulher na agricultura, na pecuária e nos demais segmentos da economia primária, como a apicultura, a floricultura, a pecuária, a agricultura e a horticultura, tem experimentado um crescimento notável, como nos informam os presidentes dos 60 sindicatos rurais filiados à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec)”, informou Rita Grangeiro, que divide com Candice Rangel a liderança das “Mulheres do Agro”.
Por sua vez, Candice Rangel, que comanda os trabalhos de sua fazenda no Cariri, revela-se mais entusiasmada ainda, ao dizer que “neste ano são 1 mil mulheres, mas na Pecnordeste do próximo ano poderemos reunir 2 mil mulheres com atividade na agropecuária”. Além de empresária do agro, Candice dá suporte – representando o mundo feminino – ao presidente da Faec, Amílcar Silveira, cuja gestão tem, segundo ela, “o apoio total das mulheres agropecuaristas”.
Na administração da Faec, as mulheres já ocupam cargos de direção e o presidente da entidade, Amílcar Holanda, explica por quê:
“Na atividade econômica, a presença da mulher era quase uma raridade no nosso país. Hoje, porém, felizmente, a mulher não só ocupou e segue ocupando seus espaços, mas, em alguns casos, é ela quem comanda pessoas e negócios, impondo novas diretrizes às empresas que dirigem. O resultado positivo não chega a surpreender, porque a inteligência, aliada à capacidade de liderar e à disposição para o trabalho da mulher fazem a diferença, e isto faz muito bem ao desenvolvimento do agro aqui e no resto do nosso extenso país.”
Quem hoje visita a sede da Faec, na Avenida Eduardo Girão, 317, no Jardim América, sente, imediatamente, a presença da mulher na gestão da entidade. Na Pecnordeste deste ano, 60% das tarefas de organização do evento foram executadas pelo seu time de mulheres, revelou Amílcar Silveira, que assegura:
“O que para nós parecia difícil de executar, elas o fizeram com facilidade, eficiência e rapidez. Foram elas que organizaram todo o processo de inscrição e preenchimento dos crachás das milhares de pessoas inscritas para o evento. Foram elas, também, que organizaram o acesso dos convidados para a cerimônia de abertura da Pecnordeste e para o show de Almir Sater. Foram elas, ainda, as responsáveis pela organização das palestras, dos cafés da manhã servidos às caravanas que vieram do interior do estado. Tudo funcionou na pauta do preciso, e nós da diretoria da Faec estamos felizes por, mais uma vez, contarmos com o valoroso apoio do nosso competente time feminino”.
Rita Granjeiro e Candice Rangel fazem uma bem-humorada advertência aos homens do agro cearense:
“O encontro de hoje das ‘Mulheres do Agro’ tem um só objetivo: atrair, agregar e congregar mais mulheres para a atividade agropastoril no Ceará. E, também, tornar mais alegre e feliz o encerramento da maior Pecnordeste de sua história”.
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