Empresas cearenses da indústria e da agricultura descobriram o caminho das grandes feiras nacionais e internacionais e já as transformaram em palco para a exibição dos seus produtos.
Esta coluna cita alguns exemplos: M. Dias Branco, líder do mercado brasileiro de massas e biscoitos, é hoje presença obrigatória nas feiras de alimentos que se realizam no Oriente Médio, na Europa, nos Estados Unidos e em São Paulo; a Itaueira Agropecuária e a Agrícola Famosa, gigantes da fruticultura nacional, expõem seus melões e melancias na Fruit Logistica (Alemanha), na Fruit Attraction (Espanha) e na APAS (São Paulo); a bananicultora Tropical Nordeste Agrícola, por sua vez, é outra que anualmente comparece às feiras de Berlim, Madri e São Paulo.
Nesta semana, a Itaueira Agropecuária – fundada pelo empresário Carlos Prado e hoje dirigida pelos seus filhos, o quarto dos quais, Tom Prado, é hoje o CEO da empresa – está a participar da “The Brazil Conference & Expo, anualmente promovida pela Fresh Produce Association no Expo Center Norte, na capital paulista. Toda a cadeia produtiva da fruticultura brasileira – incluindo as empresas de logística e de navegação marítima – está reunida nessa feira. Empresas estrangeiras também têm estandes no evento, que conta, ainda, com compradores europeus, norte-americanos, asiáticos e latino-americanos.
Por que participar dessas feiras e exposições? Não é preciso ser especialista em marketing para entender que é em eventos multitudinários como a “The Brazil Conference & Expo” que estão os grandes importadores, os grandes melhoristas (biologistas que melhoram a qualidade genética dos produtos da hortifruticultura), as mais importantes empresas de logística, os melhores fabricantes de máquinas e equipamentos e os antigos e futuros clientes.
No Brasil, a fruticultura – que se limitava até 30 anos atrás – à produção e exportação de laranja na região Sudeste – é hoje parceira importante do desenvolvimento econômico e social do país. Só as exportações nordestinas de melão, melancia, manga e banana geram em divisas quase US$ 1,1 bilhão. E geram milhares de empregos. Exemplo: em cada hectare plantado de melão, cultiva-se, também, um emprego direto.
A Agrícola Famosa cultiva melão e melancia no Ceará e no Rio Grande numa área de 8 mil hectares, nos quais trabalham 8 mil colaboradores. A Itaueira produz as mesmas frutas em 3 mil hectares no Piauí e na Bahia, gerando igual número de oportunidades de trabalho.
Ontem, foi o primeiro dia da “The Brazil Conference & Expo”, e esta coluna recebeu opiniões entusiasmadas dos empresários que dela participam. José Roberto Prado, sócio e diretor comercial da Itaueira Agropecuária, um contumaz frequentador de exposições da fruticultura, considera indispensável a presença de sua empresa nesses eventos. Ele explica:
“É a oportunidade que temos de estreitar as relações com os clientes, de ampliarmos o nosso contato com os importadores, de estabelecermos novos negócios, de conquistarmos novos mercados e, naturalmente, de exibirmos, para degustação, os nossos saborosos produtos".
De acordo com José Roberto Prado, a Itaueira e seu melão Rei conquistaram o consumidor brasileiro e estrangeiro pela sua qualidade, “na qual seguimos investindo, principalmente em tecnologia e no treinamento do nosso pessoal de campo. Estar aqui nesta feira em São Paulo é mais uma valiosa oportunidade que se nos abre para consolidarmos nossas parcerias, inclusive com os nossos clientes do varejo e com os nossos fornecedores".
Edson Brok, cuja empresa Tropical Nordeste Agrícola produz e exporta banana na Chapada do Apodi, está na feira como observador da Abrafrutas (Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas), da qual é diretor. Ele disse que a Fresh Produce Association, que tem um braço no Brasil, é o elo da fruticultura brasileira com o mercado importador dos Estados Unidos, razão pela qual atrai toda a cadeia produtiva daqui e de outros países, reunindo milhares de produtores, exportadores, importadores, transportadores e fabricantes de embalagens, entre outros.
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