Francesa Green Yellow fornecerá energia à Bombas King no Pecém

Empresa cearense já fechou parceria com a empresa europeia, que abastecerá sua nova fábrica com energias renováveis

Escrito por
Egídio Serpa egidio.serpa@svm.com.br
(Atualizado às 05:12)
Legenda: A nova fabrica da Indústria de Bombas King será instalada no Complexo do Pecém e abastecida com energia renovável pela Green Yellow
Foto: Carlos Marlon
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Sócio e diretor da empresa cearense Indústria de Bombas King, Fernando de Castro Alves transmite um detalhe importante sobre seu projeto de implantar no Complexo do Pecém uma unidade industrial para produzir peças em ferro fundido, aço e ligas especiais para siderurgia, mineração e indústria de cimento: a energia que movimentará o empreendimento “será autônoma e totalmente limpa”.  

Castro Alves revela que essa energia renovável será fornecida pela Green Yellow, empresa integrante do Grupo francês Casino, que é representada no Ceará por Carlos Eduardo Bastos, que foi gestor da Esmaltec, líder do mercado nacional de fogões. A Green Yellow tem como clientes grandes grupos nacionais e estrangeiros. 

Na construção de sua nova indústria no Pecém -- que terá um time de robôs e, por isto mesmo, será uma fábrica muito automatizada – a Bombas King investirá R$ 42 milhões. As obras de construção da fábrica começarão no início do próximo mês de janeiro. 

2026 JÁ INVADIU 2025 NA ECONOMIA, NA POLÍTICA E NA POLÍCIA 

Chegamos nesta quarta-feira, 15, à metade do mês de outubro, o que significa dizer que faltam dois meses e meio para o fim deste agitadíssimo ano de 2025 e para o começo de 2026, este sim um ano que promete pôr à prova as coronárias dos pequenos, médios e grandes agentes econômicos. Afinal, haverá eleição (ou reeleição) para deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente da República.  

Essa eleição será realizada sob diversas expectativas, uma das quais – absolutamente inédita -- diz respeito à grande possibilidade de o crime organizado, abrigado em legendas de esquerda, de direita e de centro, eleger representantes nos legislativos estaduais e no Congresso Nacional.  

Suspeita-se de que as facções criminosas já governam municípios do interior do país, inclusive na região Nordeste, ao mesmo tempo em que não há mais dúvida de que elas atuam, franca e livremente, até no mercado financeiro brasileiro, como o provaram as mais recentes operações da Polícia Federal.  

Reconheçamos: só uma – ou várias -- mentes brilhantes, a serviço do crime, seriam capazes de criar e operar, como criaram e operam nas barbas da Autoridade Monetária, que é o Banco Central, fintechs que fazem negócios de bilhões de reais em plena Avenida Faria Lima, coração do mercado financeiro brasileiro.  

Tão sofisticadamente organizado e embrenhando-se pelos vários ramos da atividade econômica, o PCC, sediado em São Paulo e com tentáculos em todos os estados do Brasil e em vários países latino-americanos e com estreita relação com suas congêneres estrangeiras, tornou-se uma máquina de fazer dinheiro.  

Seus agentes não mais assaltam bancos ou carros-fortes. Tendo agora absoluto domínio da tecnologia digital, sendo capaz de instalar-se em escritórios de luxo nos principais centros financeiros do país, o crime organizado estabeleceu-se no tecido econômico, financeiro e social brasileiro de uma forma tão poderosa, que já atua na comercialização de combustíveis e biocombustíveis, sendo dono de redes de postos de gasolina, de empresas de ônibus e de transporte rodoviário de carga, como revelaram as últimas investigações policiais. É o que se sabe até agora. 

Nos palanques da campanha eleitoral de 2026 os partidos políticos e seus candidatos apresentarão o discurso com a promessa de combate às facções criminosas, no melhor estilo “me engana que eu gosto”.  

A violência, isto é, a insegurança pública nas cidades e no campo, segundo revelam as pesquisas, é o problema número um, número dois e número três do eleitor brasileiro – o cearense no meio – pois aqui também as facções agem desbragadamente, expulsando de suas casas, literalmente, famílias que se negam a colaborar com elas, como registra, quase diariamente, a crônica policial.  

Maior economia da América Latina e uma das dez maiores do mundo, o Brasil é, também, um país de regime democrático. Mas a democracia brasileira corre o risco de ser engolfada pelo rápido crescimento do crime organizado, algo que já acontece no México. É necessário, então, cortar o mal pela raiz. O grande desafio à frente das forças federais e estaduais de segurança é localizar e identificar essa raiz. Os mexicanos tentam há anos, mas ainda não o conseguiram. No Brasil todo, o crime parece estar profunda e politicamente enraizado.   

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