Fiec e Faec dobram a aposta na aventura do conhecimento
Empresários cearense da indústria e da agricultura têm viajado em grupos para obter in loco o que a inteligência humana e a artificial vêm produzindo
Lisboa (Portugal) - Aguardando o embarque para o voo da TAP que nos levará, na tarde de sexta-feira, 10, de volta a Fortaleza, após duas semanas de intensa atividade nas zonas de produção da tecnologicamente avançada agricultura da Andaluzia, no Sul da Espanha, este colunista aproveita os grandes espaços do Aeroporto de Lisboa para refletir sobre a mudança de comportamento do empresariado cearense da indústria e da agricultura, que, já faz algum tempo, vem viajando em grupos para buscar, nas grandes fontes estrangeiras – as universidades, os institutos de tecnologia avançada, as indústrias de ponta, os centros de pesquisas cientificas – o que a inteligência humana e a artificial, também, vêm criando quase na velocidade da luz.
Com efeito, a elite de quem produz no Ceará, só para ficar no exemplo cearense, descobriu que há em curso uma aventura na área do conhecimento que jogará para escanteio quem não dispuser da melhor e mais atualizada informação a respeito de tudo, até dos seus batimentos cardíacos, que hoje já são permanentemente aferidos por um simples relógio de pulso. Nos tempos atuais, quem ainda não conhece a última inovação de seu ramo de negócio está fadado ao fracasso.
A recente Missão Técnica e Empresarial organizada pela Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), em parceria com a Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem (Abid), alcançou um retumbante êxito, medido pelas mensagens transmitidas em rede social por cada um dos seus 35 participantes, que se confessaram positivamente impressionados com o que viram, com o que ouviram e com o que aprenderam ao longo das duas semanas que durou a excursão. Não basta apenas o ouvir dizer, não basta só a leitura. É importante ver, tocar, sentir, conhecer in loco. Foi o que experimentaram os cearenses, potiguares, sergipanos e brasilienses que participaram dessa missão.
No início do próximo mês de novembro, a Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) levará para Lisboa (Portugal) um time de empresários e executivos de empresas e de organizações públicas e privadas para um período de cinco dias de imersão sobre a Economia do Mar. E o que vem a ser a Economia do Mar ou Economia Azul?
Segundo o Google, é a que envolve as atividades econômicas que utilizam diretamente os recursos e a influência dos oceanos, como a pesca, a aquicultura, o transporte marítimo, o turismo de cruzeiro, a exploração de petróleo e gás e o desenvolvimento da biotecnologia marinha. Esta coluna acrescenta, ainda, a geração da energia eólica offshore, aquele produzida dentro do mar.
O que desejam os presidentes da Faec, Amílcar Silveira, agora vice-presidente da CNA, e da Fiec, Ricardo Cavalcante, também presidente da Nordeste Forte -- associação que reúne as federações das indústrias da região nordestina -- é permitir que o pequeno produtor rural e o seu colega industrial tenham acesso às novas descobertas da ciência, abrindo-lhes as portas para um mundo em rapidíssima mutação.
Antes de Lisboa, outro grupo de empresários da Fiec, liderados pelo seu presidente Ricardo Cavalcante, estará, de 20 a 24 deste mês, em Hong Kong, na China, em busca de parcerias, investimentos e novos negócios. Hong Kong tem uma das mais vibrantes bolsas de valores do mundo, sendo um centro financeiro de referência internacional. O projeto dessa viagem à Ásia integra a estratégia da liderança da indústria do Ceará de manter os seus empresários bem-informados e adequados à dinâmica mundial do setor.
Será uma jornada de programação intensiva com uma abordagem que combinará teoria e prática, marcada por sessões acadêmicas, visitas técnicas, debates estratégicos e networking com alguns dos mais renomados especialistas locais para enriquecer ainda mais a vivência.
Ao longo da imersão, os participantes terão acesso a conteúdo de tecnologias emergentes e Indústria 5.0, liderança orientada por Inteligência Artificial, governança digital e de dados, liderança transformacional e inovadora, além de criptografia pós-quântica e o futuro das tecnologias.
“É assim que se faz negócios: viajando, entendendo, ajudando uns aos outros. Não adianta pensar que apenas um setor vai avançar. É o conjunto – federação, governo, empresas – que precisa estar de mãos dadas para gerar benefícios à sociedade”, como diz o presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante.
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