Enfim, o cearense conhecerá o que produz a sua indústria
Feira da Fiec, em março de 2026, mostrará tudo o que o setor industrial cearense fabrica, do biscoito ao aço, do fogão ao índigo, do fio de algodão à ração para animais
Está mobilizado todo o universo do setor industrial do Ceará para a realização, nos dias 9 e 10 de março de 2026, da I Feira da Indústria Fiec, que mostrará para os cearenses o que produzem suas mais de 19.200 fábricas, as quais dão emprego mais de 300 mil pessoas, respondendo por 24% das carteiras assinadas no estado.
A feira, que será também uma exposição, será realizada no Centro de Eventos do Ceará. Há tão grande interesse pelo evento, que o presidente da Federação das Indústrias (Fiec), Ricardo Cavalcante, que o coordena, já enfrenta dificuldades para atender à demanda de indústrias deste e de outros estados, que querem ter estandes para exibir seus produtos e para fazer negócios com potenciais clientes, o que, aliás, será um dos objetivos da feira.
A Fiec vive, sob sua atual gestão, um, digamos assim, frenesi, tantos são os atos e fatos que mobilizam os empresários e os executivos da indústria do Ceará na busca do conhecimento das novas tendências e das novas tecnologias que movem agora a moderna indústria mundial, que passou a contar com uma novidade desafiadora: a Inteligência Artificial.
Há 15 dias, reunidos na Casa da Indústria, sede da Fiec, para a celebração do aniversário de Ricardo Cavalcante e de Edgar Gadelha, seu diretor financeiro, ouviram-se pronunciamentos a respeito do estágio em que hoje se encontra a entidade. Fernando Cirino, um dos seus ex-presidentes, disse que aquele encontro, ao qual compareceram cerca de 300 empresários, “sempre foi o meu sonho: ver esta coesão, que é fruto de um trabalho convergente; hoje, quase não há divergências aqui”, ele disse.
Do alto dos seus 84 anos, Carlos Prado, seu primeiro vice-presidente, revelou que “a Fiec é exemplo para o Brasil, exemplo de como gerir com eficiência os recursos disponíveis para a promoção do desenvolvimento do setor produtivo”. Presente à reunião, Amílcar Silveira, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (Faec), foi suscinto:
“É sorte do Ceará ter você, Ricardo, no comando da indústria cearense.”
Muito provavelmente, a corrida dos industriais cearenses por um naco de espaço na Feira da Indústria Fiec 2025 é produto dessa coesão a que aludiu Fernando Cirino.
Na verdade, os cearenses vão surpreender-se com o que a indústria do Ceará produz – do cosmético ao biscoito; do fogão ao refrigerador; das rodas e tambores de freio exportados para os EUA e Europa à camisa social; do atum às rações para animais; dos belos edifícios residenciais e comerciais ao medicamento que cura doenças; das turbinas e pás que geram energia eólica ao melhor aço do mundo; do fio de algodão ao famoso índigo das calças jeans; dos sofisticados tênis esportivos às simples “sandálias de dedo”; do cimento às cerâmicas; da máquina de costura ao ventilador; do gelágua ao refrigerante; da farinha de trigo à bolacha; da indústria pesada que constrói estradas, ferrovias, pontes e viadutos à que produz materiais elétricos; do detergente ao beneficiamento da castanha de caju; do doce de goiaba ao sorvete; da rede de dormir ao colchão; do vestido elegante aos granitos e mármores; da pedra tosca aos iates; da cera de carnaúba à vela do aniversário; do convite de casamento ao livro de poesias; da lagosta e camarão aos peixes vermelhos; da água de coco à cachaça; do iogurte à carne de frango; do leite aos sucos de frutas; e muito, muito mais, porque a indústria cearense ainda é uma área a ser descoberta pelos próprios nativos, que pouco sabem dela.
A I Feira da Indústria Fiec, a quatro meses de sua abertura, já é um empreendimento exitoso: grandes, médias e pequenas empresas da indústria do Ceará enfileiraram-se desde o momento em que foi aberta a comercialização dos estandes. Além de feira, ela também será uma exposição da última tecnologia industrial: muitas das indústrias do Ceará operam na ponta tecnológica, e isto será mostrado nos dois dias do evento, devendo causar aos milhares de visitantes um sentimento de orgulho bairrista.
A esta coluna, Ricardo Cavalcante disse que vem sendo pressionado por empresas locais e de outros estados interessadas em ter um estande na feira, que ocupará os três pisos dos pavilhões Leste e Oeste do gigantesco Centro de Eventos do Ceará, com o que se equiparará à Pecnordeste, a grande feira e exposição da agropecuária cearense, que a Faec realiza anualmente na primeira semana do mês de junho.
Resumindo: a indústria, que no ano passado de 2024 respondeu por 20,06% do PIB do Ceará, vai, finalmente, abrir-se para o cearense.
AMILCAR SILVERIA É CIDADÃO HONORÁRIO DE TAUÁ
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, recebeu quarta-feira, 19, o título de Cidadão Honorário do município de Tauá. A cerimônia de entrega do título aconteceu durante o FestBerro, que é a maior e mais tradicional Exposição de Caprinos e Ovinos do Ceará, que se realiza anualmente neste mês de novembro naquela cidade.
Ao receber a homenagem, Amílcar Silveira disse que a Faec tem dispensado atenção especial ao desenvolvimento da agropecuária da região Oeste do Ceará, onde se encontra Tauá, e acrescentou que o setor primário da economia daquele município tem avançado muito nos últimos anos, consequência do trabalho conjunto que a prefeitura municipal realiza em parceria com sua entidade.
Estiveram presentes à solenidade, o secretário do Desenvolvimento Econômico do Governo do estado, Domingos Aguiar Filho, e sua esposa Patrícia Aguiar, prefeita de Tauá; o secretário Executivo do Agronegócio da SDE, Sílvio Carlos Ribeiro; o ex-senador Chiquinho Feitosa, além de vários empresários do agro cearense, entre eles Gentil Linhares, que produz pescados e camarão no Ceará e no Piauí e soja e eucalipto no Maranhão.
Amílcar Silveira disse, no seu improviso, que todo o esforço da Faec é no sentido de fortalecer o produtor rural cearense, inclusive o de Tauá, para o que o Serviço Nacional de Aprendizado Rural (Senar-CE), tem multiplicado os cursos de qualificação dos que trabalham no campo em todo o estado, oferecendo-lhes assistência técnica, em consequência do que a produção e a produtividade da agropecuária cearense experimentam um extraordinário período de crescimento.
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