Empresário cotonicultor espera há 2 anos e meio pela Enel

Ele está impedido de irrigar 2.500 hectares cultivados de algodão porque a distribuidora não liga a energia para a operação de dois pivôs centrais.

Escrito por
Egídio Serpa egidio.serpa@svm.com.br
(Atualizado às 07:00)
Legenda: Sem energia elétrica, os pivôs centrais que irrigam plantações de algodão na Chapada do Apodi não podem operar
Foto: Divulgação

Um empresário que cultiva algodão na Chapada do Apodi manda dizer a esta coluna que faz dois anos e meio que pediu à Enel a ligação de energia elétrica em sua propriedade para que possam entrar em operação os dois pivôs centrais de sua plantação de algodão. 

Veja também

“Até agora, a Enel moveu nenhuma palha”, lamentou ele, acrescentando esta frase desesperada: 

“Não sei mais a quem apelar”. 
  
O cultivo de algodão na serra do Apodi, uma região de solo riquíssimo que se estende também até o Oeste do Rio Grande do Norte, está sendo feito segundo a mais alta tecnologia, para o que o empreendedor conta com o apoio da Embrapa, que desenvolveu as sementes utilizadas.

Hoje, a área plantada chega a 2.500 hectares, mas será o dobro no próximo ano, se a Enel executar o que lhe cabe nesse esforço de retomada da cotonicultura cearense, ou seja, se a distribuidora instalar a infraestrutura que permita a ligação dos pivôs centrais que irrigarão as áreas cultivadas.

O Estado do Ceará já foi um dos dois maiores produtores brasileiros de algodão, mas perdeu essa posição desde quando seus roçados foram atacadospela praga do bicudo. 

Hoje, o Mato Grosso e o Oeste da Bahia lideram a produção da cotonicultura nacional, sendo também os maiores exportadores do chamado "ouro branco".

Na Chapada do Apodi, a produção de algodão é feita não só pelo empresário da área agroindustrial, mas também por pequenos produtores. Todo o processo de plantio, de colheita e de beneficiamento do algodão produzido naquela região é feito de acordo com a melhor tecnologia disponível.