"Cresce Ceará" juntará no BS Design o agro e a indústria

Segunda edição do evento, promovido pelo Sistema Verdes Mares, debaterá sobre o comércio exterior e a inserção da economia cearense no cenário global

Escrito por
Egídio Serpa egidio.serpa@svm.com.br
(Atualizado às 03:40)
Legenda: Cultivo protegido, sob estufas, na região da Ibiapaba: este é o retrato da nova e moderna agricultura do Ceará
Foto: Divulgação
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Na próxima quarta-feira, 3 de dezembro, o Sistema Verdes Mares promoverá, no auditório do edifício BS Design, a segunda edição do Cresce Ceará, evento que debaterá, neste ano, os desafios e as oportunidades do comércio exterior diante do novo cenário da economia e da geopolítica globais. As empresas da indústria e do agro cearenses e seus donos e seus executivos já investem, há algum tempo, na captura do conhecimento das novas tecnologias, que permitem, por meio da inovação, produzir mais com menos nas fábricas e nas fazendas, e, também, na conquista de novos mercados, para o que amiúdam suas viagens ao exterior e seus contatos com importadores e fornecedores. 

O Cresce Ceará é, pois, mais uma plataforma de que passaram a dispor os industriais e agricultores cearenses, cujas lideranças, aliás, têm estimulado as missões empresariais que, em viagens à Europa, Ásia e Estados Unidos, estreitam relações com empresas de ponta, universidades de vanguarda e centros avançados de pesquisas para os diferentes segmentos da atividade econômica. 

A Federação das Indústrias (Fiec) e a Federação da Agricultura e Pecuária (Faec), com o apoio do Banco do Nordeste – principal agência de fomento da região Nordeste – juntaram-se para tornar o Cresce Ceará 2025 não só um momento de debate e análise sobre o desenvolvimento da economia cearense, mas um espaço oportuno para a prospecção de novos negócios em diferentes áreas, das energias renováveis à Inteligência Artificial, do hidrogênio verde aos Data Centers, da irrigação por gotejamento ao cultivo protegido, sob estufas, o que já acontece em alta velocidade na Chapada da Ibiapaba e no Cariri, no Sul do estado. 

Tanto na indústria quanto no agro, o Ceará tem sabido tirar proveito do que tem de mais valioso: o cearense. Aqui estão localizadas, por exemplo, a indústria líder do mercado nacional de massas e biscoitos – a M. Dias Branco; a indústria líder do mercado brasileiro de fogões – a Esmaltec, integrante do Grupo Edson Queiroz; a maior produtora de camarão do país – a Samaria, de Cristiano Maia; as duas maiores produtoras de melão do mundo – a Itaueira Agropecuária e a Agrícola Famosa; está no Ceará a mais moderna fabricante mundial de aço – a ArcelorMittal Pecém; aqui há, ainda, uma moderna infraestrutura aeroportuária; do ponto de vista estratégico, o Ceará localiza-se equidistante dos EUA e da Europa.  

Há muito mais a destacar, como os esforços que fazem juntos a Fiec e o governo do estado para implantar, no Pecém, um hub industrial para a produção do hidrogênio verde; grandes multinacionais unem-se para implantar, na mesma área, Data Centers bilionários. Por sua vez, a Faec opera em duas frentes que pretendem fazer do Ceará um polo nacional produtor de café e outro de produção de algodão. Ou seja, o Ceará e sua liderança empresarial e política estão a pensar grande, a operar no modo desenvolvimentista e a apostar em iniciativas que permitam o crescimento mais acelerado de sua indústria e de seu agro. 

Por estas razões, o Cresce Ceará -- que se realizará na próxima semana, no terceiro dia do último mês deste ano de bons resultados econômicos – será, como já o foi no ano passado, o palco para o anúncio de novos investimentos. O presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, tem dito e repetido que a economia cearense, com sua indústria no meio, tem registrado crescimento maior do que a do país como todo, e isto “é consequência de um trabalho conjunto do empresariado com a parceria do governo do estado”. 

Seguindo a mesma toada, o presidente da Faec, Amílcar Silveira, não só confirmou sua presença no Cresce Ceará – durante o qual exporá o que já foi feito, mas também o que está por vir no agro estadual – como dobrou sua aposta, ao dizer que, “dentro dos próximos cinco anos, o agro do Ceará será bem diferente do atual, principalmente nas suas chapadas da Ibiapaba, do Apodi e do Araripe”. 

Resumindo: na próxima quarta-feira, a indústria e o agro cearenses vão encontrar-se, mais uma vez, para desenhar em público o seu presente de grandes conquistas e o seu futuro muito promissor. 

AEROPORTO DE JERI É DA FRAPORT

Aconteceu ontem pela manhã, na Bolsa de Valores B3, em São Paulo, o leilão de concessão de 19 aeroportos brasileiros, promovido pelo ministério dos Portos e Aeroportos. Entre esses aeroportos, estavam os de Jericoacoara, no Litoral Noroeste, e de Aracati, no Litoral Leste do Ceará. 

A concessão do aeroporto de Aracati foi arrematada pela mesma empresa, a GRU, que tem a administração do aeroporto internacional de Guarulhos, o maior do país, localizado na cidade de mesmo nome, em São Paulo. 

Já o leilão pela concessão do aeroporto internacional de Jericoacoara foi vencido pela Fraport, a empresa alemã que já tem a gestão dos aeroportos internacionais de Fortaleza e Porto Alegre. 

Eu apurei que a Fraport vai investir, no curto prazo, 100 milhões de reais em melhorias no aeroporto de Jeri, que terá ampliada a área de segurança nas cabaceiras de sua pista de 2.200 metros.  

O secretário de Turismo do Ceará, Bismarck Maia, que esteve presente ao leilão, disse que o dia de hoje é histórico para o Ceará, cujo turismo será agora ainda mais incrementado. 

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