Construtora CLC duplicará Br-116 de Pacajus a B. do Cesário

Superintendente do Dnit, Willian Cabral Filho, anuncia que o trecho terá pavimento em concreto rígido

Escrito por
Egídio Serpa egidio.serpa@svm.com.br
(Atualizado às 07:07)
Legenda: A duplicação da BR-116 entre Pacajus e Boqueirão do Cesário é necessária, pois ali o tráfego é intenso
Foto: Thiago Gadelha / SVM
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Será a empresa mossoroense Construtora Luiz Costa (CLC) que executará as obras de duplicação da BR-116, no trecho de 61 quilômetros entre Pacajus e Boqueirão do Cesário. Transmitida pelo superintendente do Dnit no Ceará, Willians Cabral Filho, esta informação é avalizada pelo empresário da construção pesada Cristiano Maia, dono da Construtora Samaria, que assegura: “A CLC é uma grande e competente construtora, hoje incluída entre as melhores do país”.

Mas há outro bom detalhe dessa obra: a BR-116, nesse trecho a ser duplicado, terá seu pavimento totalmente em concreto rígido, ou seja, só daqui a 30 anos precisará de manutenção.

Willians Cabral Filho, que há duas semanas se reuniu com um grupo de empresários da agropecuária e da indústria do Ceará aos quais expôs tudo o que o Dnit vem fazendo para a melhoria das rodovias federais neste estado, disse à coluna que foram liberados R$ 175 milhões para a obra do primeiro trecho da BR-116 a ser duplicado, entre Pacajus e Timbaúba dos Marinheiros, numa extensão de 25 quilômetros.

Um pouco de história: a duplicação da BR-116, no trecho inicial desde a Avenida Aguanambi até um pouco além de Messejana, ficou pronta em 1980 para a visita do Papa João Paulo II a Fortaleza. De lá até aqui, a duplicação avançou e chegou a Pacajus, 50 quilômetros ao Sul desta capital. Agora, o governo federal – por meio do Dnit e por pressão do governo estadual e da bancada federal cearense na Câmara dos Deputados e no Senado Federal – investe no prolongamento da duplicação, uma reivindicação antiga do setor produtivo do Ceará, encabeçada pelas federações das Indústrias (Fiec) e da Agricultura e Pecuária (Faec).

A CLC aproveitará este tempo de estio – que se estenderá até o fim do ano – para acelerar o mais que puder as obras da duplicação da BR-116. Para isto, instalará seu canteiro de obras e mobilizará máquinas, equipamentos e seus operadores, além de engenheiros e técnicos. Esperam os líderes do empresariado que o ministério dos Transportes, cujo titular é o alagoano Renan Filho, cumpra o cronograma de liberação de recursos e que a empresa construtora faça a sua parte, mantendo em dia o cronograma da obra.

E o IV Anel Viário de Fortaleza, em que situação ele se encontra? Antes da resposta do superintendente do Dnit, deve ser lembrado e repetido à exaustão o seguinte: a duplicação dessa importante rodovia – que liga os portos de Pecém e Mucuripe – arrasta-se no mesmo passo de tartaruga em que se encontram os trabalhos de construção da Linha Leste do Metrô de Fortaleza, que já consumiram mais de 10 anos e deverão, pelo andar da carruagem, consumir outro tanto.

A duplicação propriamente dita do IV Anel Viário – com pavimento em concreto rígido – está praticamente pronta. O problema, de dimensões superlativas, é causado pelos acessos aos viadutos existentes ao longo do seu percurso. O principal dele localiza-se na BR-116. Ali, o viaduto existente tem apenas uma pista simples, assim como também são singelas suas alças de acesso. Resultado: a qualquer hora do dia ou da noite o trecho é uma tortura, um suplício para quem trafega por esse viaduto. Consequência: o IV Viário, nas suas pistas duplas, transformou-se no maior congestionamento de veículos do estado do Ceará.

“Moro na Aldeota e vou diariamente ao trabalho no Distrito Industrial de Maracanaú. Demoro 1 hora e 30 minutos e até 1 hora e 45 minutos para ir e voltar de lá. Tudo por culpa desse gargalo grave no viaduto da BR-116”, como disse à coluna um engenheiro mecânico que trabalha em uma fábrica de massas e biscoitos na geografia de Maracanaú.

O Dnit nada tem a ver mais com o IV Anel Viário, que já foi um equipamento de sua responsabilidade, como explica seu superintendente Willians Cabral Filho. Neste momento, há um movimento no sentido de transferir para a Prefeitura de Fortaleza a manutenção da BR-116 no trecho entre esta capital até o limite com o município de Itaitinga. Se esta providência tiver êxito, a PMF poderá executar as obras de duplicação do viaduto e de suas alças de acesso. É uma obra simples, que, com dinheiro e boa construtora, pode ser executada em cinco meses.

MOVIMENTO SOS GUARAMIRANGA GANHA ADESÃO

Está prosperando o Movimento SOS Guaramiranga, lançado há uma semana por moradores, sitiantes e amantes da natureza e do Maciço de Baturité. Ontem, a Brasterra, empresa que tem empreendimentos imobiliários naquela região, mandou mensagem à coluna, anunciando que fez o plantio de 2.800 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica.

A empresa também informou que mantém a preservação ativa de áreas que somam 62.051 metros quadrados, o equivalente a 6,26 hectares de vegetação protegida.

Esse total corresponde à soma de reservas legais, áreas de compensação ambiental e de reposição florestal, além de áreas de plantio. A Brasterra preserva, ainda, áreas não desmatadas, respeitando integralmente as determinações ambientais nos empreendimentos em que atua.

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Apenas em reservas legais, são 4,83 hectares distribuídos entre os empreendimentos da companhia. Já as áreas de compensação ambiental somam 1,16 haectares, enquanto as de reposição florestal chegam a cerca de 1 hectare.