Cid Gomes é produtor rural: produz mirtilo, eucalipto e camembert
Ele se reuniu ontem com empresários do agro cearense. E falou mais de sua vida na agricultura do que de política
Ao falar ontem para 35 empresários da agropecuária do Ceara, que se reuniram em um almoço de confraternização, o senador Cid Gomes declarou-se “oficialmente, um produtor rural, porque já produzo mirtilo, uva, queijo do tipo camembert e eucalipto”. E prometeu não parar por aí.
Para essa produção de lácteos, ele conta, por enquanto, com seis vacas e dois touros da raça Normanda, cujo leite é rico em gordura, sendo o melhor para a produção do queijo camembert. Ele não escondeu sua intenção de só produzir itens de alto valor agregado, para o que conta com consultoria especializada.
O cultivo de eucalipto desenvolve-se em área de 75 hectares, na qual perfurou um poço cuja vazão é de 30 mil litros/hora, suficiente para irrigar a área plantada, que, no futuro próximo, será ampliada.
Em outra área de sua propriedade, localizada na Serra da Meruoca, Cid Gomes está a fazer “experiências com raças de ovinos”, mas pensando na produção leiteira – o queijo de cabra é um produto lácteo muito disputado no mercado. E com preço atraente e boa margem.
Mais adiante, o senador elogiou os empresários agropecuaristas presentes, parabenizando-os “pelo extraordinário trabalho que desenvolvem em favor da economia cearense”, e disse que sonha em ver a agricultura e a pecuária do Ceará aumentando sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) do estado.
Ele destacou o trabalho do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (Faec), Amílcar Silveira, “que deu novo impulso” à entidade, contribuindo para que o agro cearense tenha a força e o prestígio políticos que tem hoje.
Cid Gomes recordou que, quando lançou sua candidatura ao governo do Estado, “há 20 anos, o primeiro a acreditar nela foi Jorge Parente (sócio e conselheiro da Alvoar Lácteos, ex-Betânia, sentado ao seu lado), que na época era presidente da Federação das Indústrias, a Fiec”.
Ouvido com muita atenção pelos empresários, ele disse que poderá não ser candidato à reeleição ao Senado em 2026, o que dependerá de circunstâncias que só o tempo esclarecerá.
Disse também que, na sua opinião, seu irmão Ciro Gomes “é o nome ideal para compor com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, uma chapa para concorrer à Presidência da República” no pleito do próximo ano. Elogiou o governador Elmano de Freitas, que tem cumprido os compromissos assumidos”, no que foi apoiado por Amílcar Silveira, presidente da Faec, que repetiu a mesma opinião.
Carlos Prado, fundador da Itaueira Agropecuária, também presente ao almoço, levantou-se (os que falaram o fizeram sentados) e, alto e bom som, afirmou que o senador Cid Gomes é o modelo de político que os que trabalham e produzem querem para o Brasil: “É sério e trabalha para o desenvolvimento do Ceará e do país”, disse Prado.
Raimundo Delfino, agroindustrial que produz soja e algodão na Chapada do Apodi, alegrou Cid Gomes ao dizer que está produzindo no Ceará o melhor algodão do Brasil, mas lamentou que essa produção ainda se desenvolve em área nanica porque “falta energia, e sem energia não podemos produzir mais como é o nosso desejo”, e o desejo é plantar algodão em 2 mil hectares”.
Para provar o que disse, Delfino mostrou ao senador um conjunto de fotos dos seus algodoais na Fazenda Nova Agro, na geografia de Limoeiro do Norte, na Chapada do Apodi. Cid ficou positivamente com o conjunto de fotos que viu.
No final do almoço e de sua fala, Cid Gomes disse aos que o ouviram:
“Virei aqui quantas vezes vocês quiserem. Basta que me convidem.”
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