Cearenses conhecem números do Ammagi com receita de US$ 7,5 bi

É um dos maiores conglomerados empresariais do país, com receita anual de US$ 7,5 milhões. Cearense Lanlink presta serviço a ele na área da Tecnologia da Informação.

Escrito por
Egídio Serpa egidio.serpa@svm.com.br
(Atualizado às 05:27)
Legenda: As gigantescas fazendas do grupo Amaggis produzem soja, milho e algodão, como mostra a foto acima
Foto: Site Gigante 163
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Um grupo de 35 empresários cearenses da indústria e da agropecuária reuniu-se ontem com executivos do Grupo Ammagi, um dos maiores do agronegócio brasileiro, os quais falaram sobre o uso da Tecnologia da Informação (TI) e da Inteligência Artificial nas atividades da empresa, que produz grãos e fibras em 355 mil hectares, dos quais 77% são áreas próprias localizadas, principalmente, em Mato Grosso.

O grupo está presente, também, na China, Argentina, Paraguai, Holanda, Noruega , Singapura e Suíça. 

As empresas do grupo, controlado pela familia Maggi, têm 8 portos próprios, dos quais 5 marítimos, além de 6 Pequenas Centrais Hidrelétricas, gerando 94 MW, isto é, toda a energia elétrica que consome. Seu faturamento, no ano passado, alcançou US$ 7,5 bilhões, o equivalente, no câmbio de ontem, a R$ 40,2 bilhões.  

Ouvidos com toda a atenção pelo auditório, eles revelaram, ainda, algo que tem a ver com o Ceará: é a empresa cearense Lanlink – uma das grandes brasileiras do setor de TI – que presta assistência ao Grupo Amaggi na área, também, da Inteligência Artificial, que é usada nas operações de logísticas das várias empresas do conglomerado da família Maggi. Dispondo de muitos drones, essas empresas contam, ainda, com 200 estações meteorológicas espalhadas por suas fazendas. 

Os drones – explicaram os executivos -- são usados “nas bordas das áreas cultivadas, e apenas nelas”, porque o serviço de pulverização com defensivos agrícolas é feito por aeronaves da chamada aviação agrícola, uma vez que são muito extensas suas áreas cultivadas de soja, milho e algodão. 

Este colunista indagou se o Grupo Amaggi tem alguma intenção de investir na produção de grãos no Ceará. A resposta veio de forma telegráfica e direta: “Se tem, não conheço”.  

Os executivos disseram que o relacionamento do Grupo Amaggi com os ecologistas “é levado muito a sério, pois a defesa e a preservação do meio ambiente fazem parte, de forma destacada, dos nossos objetivos”.  

Charles Boris, CEO da Lanlink, falou em seguida e deixou felizes os empresários presentes, ao revelar que sua empresa tem, hoje, uma atuação nacional. Além de sua parceria com o Grupo Ammagi, a Lanlink está neste momento implantando, no Tribunal de Justiça do Paraná, o que ele considera um dos maiores projetos de Inteligência Artificial do país. Os especialistas da Lanlink capacitaram os servidores do TJ paranaense nas tarefas de análise de documentos para a tomada de decisão por parte dos seus desembargadores. 

“Esse projeto gerou uma economia de vários milhões de reais para o Tribunal de Justiça do Paraná”, informou Charles Boris.  

Além desse projeto, Boris citou o que a Lanlink vem executando para o Banco do Nordeste (BNB), cujas 305 agências espalhadas por toda a região nordestina e mais no Norte de Minas Gerais e no Norte do Espírito Santo estão sendo interligadas de modo digital. 

Charles Boris revelou que sua empresa tem 1.300 colaboradores, 80% dos quais são técnicos na área da TI. E disse que 30% do seu faturamento têm origem na região Nordeste, o que quer dizer que 70% da receita da Lanlink vêm de outras regiões do país. 

MUDANÇA NA CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS 

Vem aí, no próximo dia 28, a eleição da nova diretoria da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza. Seu atual presidente, Assis Cavalcante, cuja gestão, iniciada em 2018, deixará saudades, será substituído pelo empresário varejista Maurício Filizola, dono da uma rede de farmácias, cujo mandato irá até 2028.  

Ontem, esta coluna conversou com Assis Cavalcante, que é fundador e sócio, com seus filhos, da rede de óticas Visão. Ele se disse feliz e recompensado pelo que empreendeu, com sua diretoria, para o desenvolvimento e modernização do varejo de Fortaleza, destacando o “Cenários do Varejo”, realizado anualmente no Teatro RioMar, cujo gigantesco auditório fica lotado de varejistas da capital e do interior do estado, que são informados das tendências mundiais de sua atividade comercial. 

“Foi um período de grande aprendizado. No nosso CDL de Fortaleza, a renovação é uma constante e, por isto mesmo, passaremos o bastão ao novo e jovem comando eleito pela livre manifestação dos meus colegas lojistas. Estaremos sob bom e seguro comando”, disse Assis Cavalcante. 

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