Casa dos Ventos, do cearense Mário Araripe, emite títulos verdes

As debêntures somam R$ 430 milhões e financiarão parte da expansão do Complexo Rio do Vento, um dos maiores parques eólicos onshore do mundo, com 1.038 MW e investimento de R$ 4,9 bilhões.

Legenda: Foto de uma área do parque eólico Rio do Vento, que a Casa dos Ventos implanta no Rio Grande do Norte
Foto: Casa dos Ventos / Divulgação

Empresa brasileira de energias renováveis, a Casa dos Ventos realizou sua primeira emissão de títulos verdes, especificamente voltados para financiar projetos que trazem benefícios ambientais, com o uso sustentável dos recursos naturais. 

As debêntures verdes somam R$ 430 milhões e vão financiar parte da expansão do Complexo Eólico Rio do Vento – um dos maiores parques eólicos onshore do mundo. O Complexo tem investimento de R$ 4,9 bilhões, parte dos quais financiados pelo BNDES e pelo BNB.

“O mercado financeiro, como reflexo da importância e da urgência da transição energética mundial, tem valorizado cada vez mais os títulos com atributos ambientais”, explica Ivan Hong, diretor Financeiro da Casa dos Ventos. 

“As debêntures que estamos emitindo contribuem para viabilizar um projeto com impacto positivo comprovado e são uma oportunidade de investimento sustentável”, complementa ele.

As debêntures verdes receberam rating AA da Fitch Ratings e serão negociadas na B3. Além da avaliação em relação às práticas ESG conduzida pelos times dedicados ao tema nas instituições financeiras, a emissão conta com parecer positivo de enquadramento como Título Verde concedido pela consultoria Sitawi, considerando o alinhamento com os Green Bond Principles, critérios estabelecidos pela International Capital Market Association (ICMA).

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A oferta foi coordenada pelos bancos BTG Pactual (coordenador líder), Itaú BBA e BNDES. Esta é a primeira participação do banco público na coordenação de emissão de debêntures. Os títulos terão remuneração semestral e prazo total de 16 anos.
As debêntures verdes vinculam-se a quatro parques eólicos que somam 268 MW de capacidade e têm potencial de geração anual de 1.389 GWh de energia renovável, além de evitar a emissão anual de 662 mil toneladas de CO2 (gás carbônico) equivalente. 

O empreendimento completo de Rio do Vento, quando concluído, terá 240 aerogeradores com 1.038 MW de potência instalada. O Complexo contribui para ampliar a participação das fontes renováveis na matriz elétrica nacional e evitar emissões anuais de 2 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. 

Atualmente, a primeira fase do complexo está em operação, com 504 MW de capacidade, e fornece energia para Anglo American, Braskem, Grupo Moura, Tivit, Vulcabras, entre outros. A sua expansão, com a qual as debêntures estão relacionadas, adicionará outros 534 MW em 2023; a energia já está contratada e vai abastecer as operações da Dow e da Rima Industrial.

A iniciativa reitera o compromisso assumido pela Casa dos Ventos quando se tornou signatária do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU). A companhia trabalha de forma alinhada aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), principal agenda de sustentabilidade global criada no contexto do Acordo de Paris, em 2015. A emissão das debêntures verdes está diretamente relacionada a dois ODS: o Objetivo de número 7, “Energia Acessível e Limpa”; e o Objetivo 13, “Ação Contra a Mudança Global do Clima”. 
 
A Casa dos Ventos é uma empresa brasileira que desenvolve, constrói e opera projetos de geração de energia a partir de fontes renováveis, além de atuar em comercialização de energia. Responsável pela maior campanha de medição de ventos já empreendida no mundo, a empresa desenvolveu um em cada três parques eólicos em operação ou construção no Brasil. A trajetória da companhia é marcada por investimento em inovação e concepção de soluções customizadas para apoiar a transição energética de consumidores para um suprimento sustentável.
 
Para seguir com seu protagonismo no setor, a Casa dos Ventos é detentora do maior portfólio de projetos eólicos e solares do Brasil. A companhia aderiu ao Pacto Global da ONU e trabalha de forma alinhada com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e as melhores práticas de ESG, preservando os biomas locais, desenvolvendo projetos sociais nas comunidades em que está presente e contribuindo para uma economia de baixo carbono.