Atenção! Pioraram as previsões da Funceme para a estação de chuvas dos próximos meses de mar, abril e maio.
Em vídeo publicado na manhã deste sábado, 26, nas redes sociais, o presidente da Funceme, engenheiro Eduardo Sávio Martins, anuncia que, agora, as perspectivas são as seguintes:
Chuvas abaixo da média no período citado: 35%; chuvas em torno da média histórica, 45%; acima da média, apenas 20%.
No vídeo, o presidente da Funcceme apresenta-se, diz seu nome e anuncia que falará sobre o prognóstico emitido agora para o trimestre março, abril e maio.
Em seguida, ele diz que, antes, recapitulará o prognóstico anterior, emitido em janeiro para o trimestre fevereiro, março e abril.
“Naquela época, nós tínhamos uma condição altamente variável no Atântico Norte Tropical, mudando de semana a semana, drasticamente, as temperaturas nas superfícies do mar. Isso revelava um alto grau de incerteza naquele prognostico então emitido. Naquela época, tínhamos uma probabilidade abaixo da média em torno de 20%; em torno da média, 40%; acima da média, também 40%.
“Naquele momento, por essa condição de alta incerteza, nós (a Funceme) lançamos um sistema de previsão sub sazonal, ainda em caráter piloto, mas que já indicava, para os próximos 45 dias, que as condições de chuvas no estado não seriam favoráveis.
“Nós indicamos naquela época que o mês de fevereiro seria um mês ‘quebrado’, um termo que usamos para que ficasse refletida a condição de chuvas abaixo da média.”
Eduardo Martins explica, em seguida:
“Nós temos um aquecimento (das águas do mar) ao Norte do Atlântico Norte Tropical e um aquecimento ao Sul do Atlântico Sul Tropical, ou seja, os ventos alísios do Hemisfério Norte e do Hemisfério Sul estão confluindo para esse aquecimento mais ao Norte do Atlântico Norte Tropical, o que faz com que a confluência de umidades não chegue ao nosso continente e não favoreça a formação de chuvas, As chuvas que estão acontecendo são provocadas por instabilidades geradas por esse aquecimento mais ao Sul do Atlântico Sul Tropical”, disse o presidente da Funceme.
Ele conclui, afirmando que “essa atualização nós vamos continuar fazendo junto aos nossos usuários pelos vários canais de comunicação da Funceme”.
Diante do novo prognóstico, surge a pergunta: como ficará a recarga dos grandes açudes do Ceará, principalmente o Castanhão, de onde vem a água para o abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza?