Picanço assegura: Foco do Hub do H2V é a cadeia produtiva

Consultor em energia da Fiec, Jurandir Picanço diz que todo o esforço do Governo do Estado, do empresariado e da UFC é pela atração dos vários elos da cadeia produtiva do Hidrogênio Verde. E Adão Linhares vê o futuro da eólica offshore

Legenda: Elos da cadeia produtiva do Hidrogênio Verde no Ceará serão atraídos para cá, diz Jurandir Picanço
Foto: Shutterstock

Jurandir Picanço, consultor em energia da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) e presidente da Câmara Setorial das Energias Renovaveis, também concorda com o que, por meio desta coluna, disseram empresários da indústria e da agropecuária. 

“Além do esforço pela implementação do Projeto do Hub do Hidrogênio Verde no Pecém, temos, igualmente, de trabalhar para atrair para cá, também, os diferentes elos de sua cadeia produtiva”, diz ele à coluna. 

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Presente no almoço festivo com que o Sindicato da Indústria de Energia (Sidienergia) recepcionou, ontem, sexta-feira, na Fiec, as suas oito novas empresas associadas, todas envolvidas com o desenvolvimento e a instalação de projetos de geração eólica “onshore” e “offshore” e solar fotovoltaica, Picanço assegurou que o objetivo dos entes envolvidos na instalação do Hub do H2V no Ceará – o próprio Governo do Estado, a Fiec e a UFC – é mesmo a cadeia produtiva. 

Na sua opinião, o Ceará terá de produzir, aqui mesmo, os equipamentos utilizados para a produção do Hidrogênio Verde, “e esta é uma palpável possibilidade”. 

Por sua vez, o engenheiro Adão Linhares, secretário Executivo de Energia da Secretaria de Infraestrutura do Governo do Estado, lembra que 80% do consumo de energia elétrica no Brasil – que tem 8.500 quilômetros de costa – se registram nas grandes cidades do litoral. 

“Aqui está uma vantagem comparativa muito importante, pois há um enorme potencial para a produção de energia eólica ‘offshore’ muito próximo da carga, um ganho extraordinário para o Sistema Elétrico Brasileiro”, explica Adão Linhares, que está há dois anos afastado de sua empresa – a Energo – cuja direção transferiu para uma executiva do mercado.

Detalhe: Foi a Energo que projetou e construiu a primeira usina solar comercial do país, instalada e em operação na geografia do município de Tauá, na região dos Inhamuns, onde o índice de insolação é um dos mais altos do Brasil. 

Essa usina, inaugurada em agosto de 2011, deveria estar gerando hoje 50 MW, mas gera apenas 1 MW, porque seu empreendedor, Eike Batista, e seus negócios foram à garra por causa do fracasso do seu projeto de exploração de petróleo na Bacia de Santos.

Os 50 empresários do setor de energia que se reuniram ontem para recepcionar os novos sócios do Sindienergia, presidido por Luís Carlos Queiroz, da B&Q Energia, não esconderam o seu entusiasmo diante das perspectivas de curto prazo para o setor no Ceará. 

Falou cada um dos oito novos associados, todos destacando o potencial cearense, que dispõe de sol, de vento e de mar em abundância.

Os catarinenses da Renovigia, por exemplo, revelaram que está em fase final a construção de sua unidade do Pecém, que atuará na instalação de projetos fotovoltaicos nãos só no Ceará, mas em todo o Nordeste.
 
GUERRA: OS GANHADORES E OS PERDEDORES

Na guerra da Ucrânia, há um vencedor, Vladimir Putin, o presidente da Rússia que invadiu a Ucrânia, da qual já fugiram, temendo o pior, cerca de 100 mil ucranianos. 

E há vários perdedores, entre eles Joe Biden, presidente dos EUA, e os chefes da OTAN que foram incapazes de evitar a invasão russa. 

Outras derrotadas:  a liberdade e a democracia. 
 
BNB APURA LUCRO DE R$ 1,61 BILHÃO

Há Festa no Banco do Nordeste, que publicou ontem seu balanço financeiro relativo ao exercício do ano passado de 2021.
 
O Lucro Líquido do BNB alcançou R$ 1,62 bilhão, um incremento de 59% em relação ao lucro do ano anterior de 2020. 

O BNB aplicou, em 2021, mais de R$ 41,8 bilhões contratados por meio de cinco milhões de operações nos estados de sua área de atuação,