O VAR serve pra quê? Esse questionamento sempre é feito quando alguma polêmica surge no futebol. Eu aproveito para fazer outra pergunta: "Até quando?".
Todas as reclamações da 20ª rodada da Série B, entre Goiás e Ceará, são válidas, não é um discurso só porque perdeu. A partida não foi um primor, aliás, faz tempo que jogos da Série B não estão enchendo os olhos, mas sempre defendi a tese sobre pontuar, pontuar para garantir o acesso, seja jogando bonito ou mais ou menos.
Mas, como podemos falar sobre pontuação quando os erros da arbitragem chamam mais atenção que o próprio jogo?
Entendo também que todos, principalmente quem precisa dar a resposta de imediato, estão sujeitos a errar. O erro faz parte e no mundo ideal o melhor sempre é corrigir para evitá-lo. Mas dá pra evitar?
Se formos lembrar de tantos erros que ocorreram prejudicando as equipes cearenses, passaríamos o dia falando. Não queria acreditar também que em pleno 2024, as equipes nordestinas precisam “lutar” para ter espaço no futebol.
Já mostramos em diversos cenários que podemos brigar de igual para igual, em suas respectivas divisões. O que não dá é continuar vendo erros evidentes que continuam comprometendo um trabalho.
Não sou analista de arbitragem, por isso me custa entender algumas decisões, as tais regras que mudam a cada instante, um grupo de profissionais, contratados para auxiliar. Uma tecnologia que foi implementada em 2018 no futebol brasileiro com intuito de minimizar os erros, em alguns momentos traz mais confusão em uma partida e por coincidência ou não, os nordestinos sempre saem em desvantagem nessa disputa.
A diretoria alvinegra veio a público reclamar. Em outras oportunidades já presenciamos também a diretoria tricolor com o mesmo sentimento. A CBF em alguns momentos recebe a reclamação. E aí? Afastamento, “reciclagem” na equipe de trabalho? Já vimos que essas consequências não estão diminuindo os erros, pelo contrário, a impressão que dá é que a cada situação como essa, vai ficar por isso mesmo.