O Fortaleza vive o momento de maior dificuldade na temporada. Não poderia ser diferente, já que antes estava invicto e, agora, tem é a pior sequência de derrotas na 'era Vojvoda'. Um aspecto tem contribuído para isso: a quantidade de gols sofridos. E a retomada do caminho de vitórias passa diretamente por uma melhora defensiva.
O Tricolor sofreu gols em 60% dos jogos que fez em 2022, saindo vazado de campo em 12 de 20 partidas. É um número relevante, até porque a defesa não passou em branco mesmo contra alguns adversários de divisões inferiores, como Botafogo-PB, Altos-PI, Ferroviário e Atlético-BA.
Ao todo, foram 16 gols tomados na temporada (média de 0,8 por jogo). Número que é bom. Porém, nos últimos quatro jogos, acabou sofrendo sete gols (quase metade). E é claro que o nível dos adversários subiu e isso deve ser considerado. Mas é este o sarrafo que o Fortaleza vai encontrar daqui pra frente.
É preciso se precaver contra estes oponentes e reagir rapidamente, já que com time ainda não pontuou na Libertadores nem no Brasileirão.
Melhora defensiva
Outro detalhe: 11 dos 16 gols sofridos (69%) foram marcados em finalizações do adversário de dentro da área (sendo 3 na pequena área). Mostra que os oponentes têm conseguido penetrar na defesa leonina e, consequentemente, chegando mais perto da meta, que atualmente é defendida por Max Walef.
Isso acontece mesmo com Marcelo Benevenuto vivendo boa fase (é um dos melhores jogadores do atual elenco), mas porque o companheiro Titi não passa por bom momento e Tinga tem se sofrido com lesões, ficando de fora de vários jogos e sendo substituído por Landázuri, que não conseguindo manter o nível do camisa 2.
Além, também, dos volantes, que possuem papel decisivo na proteção à zaga. Zé Welison é titular hoje, mas seu companheiro segue indefinido, com Matheus Jussa, Hércules, Felipe e Ronald se alternando em disputa por vaga.
Certo é que a retomada pelas vitórias passa diretamente por sofrer menos gols, e a evolução defensiva não envolve unicamente os jogadores do setor, mas toda a engrenagem coletiva. E este é um desafio que Juan Pablo Vojvoda tem pela frente.