Nesta terça-feira, 7 de setembro, o Fortaleza completa exatamente 30 dias desde o gigante e histórico triunfo por 3 a 2 sobre o Palmeiras. É um mês sem vitórias. Com quatro empates e uma derrota no período, o técnico argentino Juan Pablo Vojvoda enfrenta o maior jejum desde sua chegada e tem desafios para encerrar esta marca o mais rápido possível.
O primeiro deles é de gerir o momento de dificuldade sem que haja maiores danos colaterais. A oscilação do Fortaleza é absolutamente natural, todos os times passam por isso, então não há motivo para desespero. Mas é inegável que este momento de maior irregularidade impõe certas diiculdades.
É preciso, sobretudo, fazer o time voltar a jogar bem. As duas atuações recentes, contra Cuiabá e Bahia, foram ruins. Não é motivo para alarde, mas é sim de se chamar atenção, sobretudo pelo nível de atuação que o Tricolor havia mostrado anteriormente. Sabe-se que pode mostrar mais.
A missão, porém, será contra o mais complicado adversário que ser poderia enfrentar. O próximo jogo é contra o líder Atlético-MG, que vem embalado na competição e está invicto há nada menos que 11 jogos. O técnico Cuca tem um elenco excelente em mãos e conta ainda com reforços recentes, como o atacante Diego Costa.
Outra questão que o argentino precisa definir é sobre quem será o goleiro titular. As falhas recentes de Marcelo Boeck abriram margem para o retorno de Felipe Alves. A dúvida é se Vojvoda fará nova mudança.
Se alguns jogadores enfrentam momento de baixa técnica, é hora de testar os contratados. Depietri nem estreou, Edinho pouco atuou, Ángelo Henriquez fez o primeiro jogo como titular e Lucas Lima é quem tem recebido mais minutos. Somente será possível saber a real condição de qualidade que estes jogadores poderão agregar com maior amostragem, algo não visto até agora.
O principal aspecto, porém, passa pela manutenção da confiança e da força mental. Esse tem sido um ponto fundamental no Fortaleza desde a chegada de Vojvoda, e foi visto em partidas recentes também (sobretudo no empate em 2 a 2 com o São Paulo e até mesmo na reação contra o Bahia, antes de Boeck falhar no 4º gol do time soteropolitano).
Mas essa força precisa ser maior para conseguir acabar com este jejum e fazer o time voltar a vencer. Não há mistério. É retomando o caminho dos triunfos que o Tricolor voltará a usufruir de maior tranquilidade.