Análise: mudanças de Vojvoda não rendem, Fortaleza joga mal e derrota para o Cuiabá deixa lições

Treinador argentino mudou o time quase todo em relação ao último jogo, contra o Colo Colo-CHI

Legenda: Jovem Vitor Ricardo fez o 1º jogo como titular do Fortaleza
Foto: Kid Junior/SVM

Juan Pablo Vojvoda fez mudanças, rodou o elenco e o Fortaleza estreou no Brasileirão com derrota por 1 a 0 para o Cuiabá, na noite do último domingo (10). O resultado é ruim e a forma como aconteceu, também. As substituições não renderam e o time jogou muito mal.

Foi a primeira vez em 2022 que o Fortaleza saiu de campo sem marcar nenhum gol sequer. Além disso, também de forma inédita, o Tricolor acumulou duas derrotas em sequência nesta temporada. Um resultado que deixa lições.

A justificativa para as mudanças é clara e compreensível: o time vem de uma sequência muito desgastante, com jogos todo meio e fim de semana, e nos últimos seis dias, disputou duas partidas em alta intensidade e com grande desgaste, a finalíssima da Copa do Nordeste, contra o Sport, e a estreia na Libertadores, contra o Colo Colo-CHI.

Mas é fato que não funcionou. A escalação testada não 'deu liga'.

Desempenho

Depietri e Kayzer em dividida com zagueiro do Cuiabá
Legenda: Vojvoda colocou mais atacantes no 2º tempo, mas não conseguiu marcar nenhum gol contra o Cuiabá
Foto: Kid Junior/SVM

E a questão maior não é poupar. É a resposta dada por quem entrou. Do time considerado titular, com exceção do goleiro Max Walef, apenas três jogadores: o zagueiro Titi, o lateral-direito Tinga e o meia Lucas Crispim. Os dois últimos, porém, recuperaram-se de lesões musculares há pouco e ainda não estão 100% fisicamente.

Na ala-direita, o jovem Vitor Ricardo fez o primeiro jogo como titular substituindo o desgastado Yago Pikachu, que vinha com altíssima minutagem. Por qual motivo o teste com o garoto não ocorreu antes? Poderia já tê-lo preparado mais para encarar este desafio.

No meio de campo, Felipe e Jussa (que vem em péssima temporada) não fizeram o jogo fluir, bem como Matheus Vargas não teve a criatividade necessária para articular as jogadas ofensivas.

No ataque, Robson e Romarinho não produziram efetivamente nada. As entradas de Moisés, Kayzer e Romero tentaram mudar a dinâmica, assim como a de Depietri. O Fortaleza terminou o jogo com quatro atacantes, mas nenhum foi capaz de balançar as redes do Cuiabá.

Um jogo muito ruim do Tricolor, e fica a lição: os desafios de 2022 serão ainda maiores que os de 2021.

O nível de apresentação do elenco e das peças de reposição, não apenas do time titular, também precisa ser.