Ainda é começo de temporada e é absolutamente normal que jogos ruins ocorram. Sobretudo quando a equipe passa por muitas mudanças e tem uma formação inédita em campo. Tudo isso deve ser considerado, mas os argumentos não servem como justificativa para a atuação do Fortaleza no empate em 1 a 1 contra o Botafogo-PB, na noite desta terça-feira (15).
No estádio Almeidão, palco da conquista da Copa do Nordeste 2019, o Tricolor jogou mal e por pouco não deixou o gramado amargando a primeira derrota na temporada. Irreconhecível, foi um time totalmente fora da intensidade que o torcedore tricolor se acostumou a ver sob comando do argentino Juan Pablo Vojvoda.
1º tempo
Vojvoda mudou mais de meio time e fez seis mudanças em relação ao último jogo, mexendo em todos os setores da equipe, com as entradas de Landázuri, Ceballos, Felipe, Matheus Vargas, Romarinho e Silvio Romero.
Fato é que nada funcionou bem. O sistema defensivo bateu cabeça e apresentou muitas falhas, tanto é que aos 15 minutos, o Belo havia chegado mais perto de abrir o placar, já acertando a trave e com Ceballos tirando outra bola em cima da linha na sequência.
O Tricolor criou apenas duas boas chances. Na primeira, Yago Pikachu saiu de cara com o goleiro Luis Carlos e mandou pra fora. Na segunda, o próprio camisa 22 se redimiu e acertou belo cruzamento para Romarinho abrir o placar antes do intervalo.
2º tempo
O panorama da 2ª etapa não foi diferente. E em outra falha defensiva, o Belo aproveitou. Em cruzamento na pequena área, Fernando Miguel não saiu, Ceballos não atacou a bola e Crispim não conseguiu antecipar Leilson, que mandou para o gol. Erro coletivo que custou caro.
O próprio Leilson teve a grande chance para virar o jogo, sozinho na área, mas acabou chutando para fora após uma outra falha do sistema defensivo.
Pouco inspirado, o setor de criação não conseguia conectar os ataques e foi bastante apagado. Com os alas Lucas Crispim e Yago Pikachu muito marcados, o meio de campo com Felipe, Ronald e Matheus Vargas teve muita dificildade para municiar Romarinho e Silvio Romero.
O camisa 9, que é um centroavante de finalização, precisa que a bola chegue nele. E como o Fortaleza não foi bem na criação de jogadas, com muitas dificuldades de articulação, o atacante ficou isolado e foi pouco acionado.
Nem mesmo as mudanças fizeram a equipe melhorar.
Dois jogos, dois pontos
O Fortaleza volta das particas contra Náutico e Botafogo-PB com dois empates e dois pontos na mala. Times em que o Tricolor é claramente superior, mas não conseguiu vencer.
Sem dúvidas que os jogos serviram de lições para Vojvoda aprimirar os aspectos que precisam ser corrigidos.