A redução da remuneração em produtos da renda fixa, resultado do novo patamar da Taxa Selic, desencadeou uma nova dinâmica na seara dos investimentos.
O interesse em produtos financeiros mais sofisticados, como a renda variável, cresce de forma consistente, de forma que, no Ceará, com mais de R$ 8 bilhões na bolsa de valores, já estamos com mais de 74 mil investidores, o que nos coloca em 9º lugar no ranking do Brasil e 2º lugar no Nordeste.
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Apesar de fundos imobiliários, opções e ETF’s, estarem entre as possibilidades de investimentos na bolsa, as ações despertam maior interesse das pessoas.
Para você que tem interesse em ingressar ou em aprofundar seu conhecimento nessa classe de ativo, certamente você se questiona o que se precisa saber para investir em ações.
Inicialmente, ao investir em ações, você está se tornando parte daquele negócio. Este é o princípio básico. A partir deste momento, você passa a figurar como acionista (sócio), portanto, está suscetível ao “mar revolto” dos negócios.
Os negócios, de forma geral, passam por momentos cíclicos, com altas e baixas, tanto no que se refere a fatores específicos, quanto sistêmicos, que se reflete no preço das ações.
Particularmente, acredito que existem dois aspectos fundamentais para se investir em ações: 1. Escolher bons negócios e 2. Tratar-se de investimento de médio e longo prazo.
Escolher bons negócios para investir em ações confesso que não é algo simples. O economista de maior protagonismo do século 20, John Maynard Keynes, precisou de 18 anos para alcançar resultados interessantes na bolsa.
O suporte de profissionais especializados, como as casas de Research, que utilizam métricas de análises fundamentalistas e técnicas de valuation para identificar oportunidades de preços atrativos, além das carteiras recomendadas, são caminhos sugeridos para se escolher boas empresas para se tornar acionista.
Não siga recomendações, digamos, pouco convencionais, como aquela dica do cunhado, da mesa de bar, ou mesmo por daquela estratégia clássica: chutágoras.
O investimento em ações se mostra atrativo com o tempo, de maneira que só no médio e longo prazo os resultados se mostram mais alvissareiros. Os grandes investidores Warren Buffett e Luiz Barsi são exemplos de que o tempo faz diferença na formação de patrimônio em ações.
Apesar da célebre frase de Keynes, em que assinalou que “no longo prazo todos estaremos mortos”, o contexto da assertiva era outro, e o próprio economista “provou” dessa constatação.
Investir em ações é embarcar no mundo dos negócios e, na minha visão, não vejo sentido em adquirir um ativo sem conhecê-lo ou comprar e vender uma ação no mesmo dia. Já pensou você montar um negócio é no dia da inauguração vendê-lo?
Por fim, vale lembrar que o risco de perder dinheiro em ações é óbvio, de maneira que estudar e ter o suporte de profissionais especializados são cruciais. A quantidade de recursos a ser alocado em ações dependerá do perfil e dos seus objetivos.
Grande abraço e até a próxima semana!
*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.