Marcelo Paz pode deixar o Fortaleza após o rebaixamento? Veja posição do CEO
O Leão caiu para a Série B após derrota para o Botafogo neste domingo (7)
O momento no Fortaleza Esporte Clube é de profunda reflexão. Após o rebaixamento à Série B de 2026, em que o elenco lutou até a última derrota, o time precisa planejar a próxima temporada. E uma decisão importante perpassa os muros do Pici: quem comandará o futebol? Marcelo Paz segue como CEO da equipe?
Atualmente, o papel de liderança é exercido pelo gestor, que já foi diretor de futebol, vice-presidente, presidente e agora é o CEO da Sociedade Anônima de Futebol (SAF). A função é remunerada, atrelada agora ao Conselho de Administração da SAF, com centralidade no projeto. Em coletiva após a derrota por 3 a 2 para o Botafogo, neste domingo (7), Paz ressaltou essa decisão ainda não está tomada.
"Eu confesso que eu não estava priorizando isso (a minha permanência), a prioridade era o Fortaleza ficar na Série A e são cenários. Quem decide a minha permanência ou não é o Conselho da SAF. As pessoas são profissionais, e a gente vai conversar e avaliar. Naturalmente o Fortaleza vai passar por mudanças e passaria mesmo se ficasse na Série A. claro que indo para a Série B, as mudanças são mais profundas, mas vou conversar, querendo ou não, são 11 anos ininterruptos, quase 800 jogos e esse ano foi muito difícil pra mim. Fui muito alvo esse ano, quase sempre de forma injusta, não da parte técnica, aceito tudo, mas tem várias coisas da índole, que atacam a família, que foram ditas também, e isso eu não posso aceitar, então ainda vou conversar com o Conselho da SAF”.
É fato que as histórias do clube e do dirigente se entrelaçam e até se confundem. Com longos serviços prestados, Paz participou diretamente da mudança de patamar da agremiação, em uma trajetória que se eterniza como a maior da história da instituição, que recém-completou 107 anos. Com a liderança do mandatário, o clube caminhou da Série C à Libertadores, passando por feitos inéditos, como um título na Série B, G-4 da Série A duas vezes, semifinal da Copa do Brasil, bicampeonato da Copa do Nordeste, pentacampeonato estadual e vaga na Copa Sul-Americana, onde foi vice-campeão.
Veja também
“A minha vontade pessoal é o que seja melhor para o Fortaleza. Temos que se avaliar, repensar, às vezes é importante ter uma mudança de ideia, oxigenação, pois tenho minhas questões pessoais, eu fiz o meu melhor, com acertos e erros, o saldo é positivo. Todas as melhores campanhas, em todas as competições, eu estive presente [...] Se as pessoas vão reconhecer ou não, paciência. Faço parte de um rebaixamento agora também, mas tenho respeito pelo clube e estou com as mãos limpas. Sempre honrei cada centavo da instituição, enquanto dedos sujos já me foram apontados. Nunca empreguei um parente… Vocês imaginam quantos contratos o Fortaleza tem? Água, limpeza, nunca me envolvi em nada, certeza que procuraram muito esse ano e não acharam porque não tinha, tenho as mãos limpas e vamos avaliar com muita calma o que é melhor para o Fortaleza, mas também tenho que pensar em mim, pois no momento mais difícil fui exposto, humilhado e eu precisei que pensassem em mim, muitos ficaram de braços cruzados, então também tenho que pensar em mim”.
Logo, a temporada de 2025 é importante para uma avaliação. Sem desconsiderar o período esportivo vitorioso, nem o crescimento estrutural e de receitas do Fortaleza, os rumos do próximo ano devem ser tomadas rapidamente nas próximas semanas, visto que o calendário de 2026 se inicia em janeiro.