A Liga Forte União (LFU), bloco econômico formado por Ceará e Fortaleza, recebeu propostas milionárias do YouTube e da Record para a transmissão dos jogos dos times membros que estão nas Séries A e B do Campeonato Brasileiro. A informação foi divulgada pelo jornalista Gabriel Vaquer, do portal F5 da Folha de São Paulo, e confirmada pelo Diário do Nordeste.
As ofertas foram enviadas por um intermediário, que foi autorizado pela LFU a negociar com o mercado. Após a montagem de um dossiê com as informações, o documento será apresentado aos clubes. A situação será definida neste ano com o foco para 2025, quando os atuais contratos de transmissão das Séries A e B se encerram com a Rede Globo e a TV Band, respectivamente.
Em paralelo, o outro bloco econômico do futebol brasileiro, a Libra, que tem clubes como Palmeiras e Flamengo, fechou com a TV Globo para a TV Aberta. Os movimentos de divisão de direitos de transmissão já existem desde 2023, com a implantação da nova legislação e regulamentação brasileira, que criou a Lei do Mandante, permitindo um mecanismo alternativo de divisão.
Proposta do YouTube e da Record
O YouTube fez uma proposta de R$ 230 milhões anuais por três temporadas. Já a Record ofereceu R$ 560 milhões anuais, em oferta até o fim de 2029. Segundo o portal F5, as duas empresas podem trabalhar juntos em uma parceria para a transmissão.
Caso haja um acerto, tanto o YouTube como a Record terão os mesmos jogos disponíveis para exibição. Antes, o SBT tentou a compra dos direitos de transmissão da LFU, mas deseja um vínculo exclusivo e não teve a investida aceita por parte da Liga.
Por conta desse acordo inicial, o Diário do Nordeste apurou que Ceará e Fortaleza receberão cerca de R$ 121 milhões cada um. Como garantia da negociação, o banco XP, que participa do processo, antecipou R$ 500 mi ao bloco, sendo R$ 24 mi para o Leão e R$ 12 mi para o Ceará.
O restante da 1ª parcela, totalizada em R$ 60 milhões, teve um atraso em 2023 e segue sendo pago em 2024. O plano original era: pagamento de 50% em 2023, 25% em 2024 e 25% em 2025.