Bastidores da negociação de Erick Pulga, Ceará e Bahia: formato e possível desfecho da venda
O time tricolor deve precisa solucionar pendências se quiser o atacante
A novela envolvendo a venda do atacante Erick Pulga ao Bahia ainda não chegou ao fim. Após o Ceará encaminhar a transferência do atleta, a falta de acordo com o clube baiano nos demais trâmites da negociação esfriaram a situação. E os próximos dias serão decisivos para o desfecho.
Um ponto: a diretoria alvinegra definiu que o preço de Pulga é US$ 5 milhões (cerca de R$ 30 milhões). Internamente, não trabalha “com pressa” para definir uma venda - precisa ser vantajoso ao clube.
O Bahia então surgiu como interessado, mas nunca chegou nesse montante financeiramente. A oferta inicial era de US$ 3 milhões (aproximadamente R$ 18 milhões). Sendo aquém do esperado, a negociação ganhou outras composições, como a inclusão de atletas para complementar a pedida do time alvinegro.
Desde então, o impasse está montado. O departamento de futebol alvinegro avaliou o elenco tricolor e sugeriu alguns nomes para a inclusão na troca, mas essa situação não avançou na celeridade esperada. O desejo do Ceará era contar com 80% do elenco na pré-temporada, que foi iniciada na terça-feira (3). Para tal, se faz necessário saber os jogadores envolvidos para definir as contratações.
Um dos nomes pedidos, por exemplo, era o lateral-esquerdo Matheus Bahia, que atuou por empréstimo em 2024 e foi titular na Série B. O staff do defensor alega que há sondagens de Internacional e São Paulo. Logo, a partir do momento em que não há definição sobre a troca, o clube precisa voltar ao mercado para buscar a reposição que agrade o técnico Léo Condé.
Além do defensor, peças como o volante Yago Felipe e o atacante Everaldo também foram cotados. O processo é complexo, mas se esperava uma maior agilidade do Bahia para resolver essa situação, seja com formato da negociação, repartição dos direitos econômicos e demais partes burocráticas.
Logo, hoje, o Bahia segue como maior interessado em Erick Pulga, e o Ceará sabe disso. No entanto, o recado do Vovô é muito claro: ninguém vai tirar o camisa 16 do time à toa, sem atender as exigências do clube cearense. No impasse, o atacante se reapresentou em Porangabuçu para 2025.
Outra solução
O Diário do Nordeste apurou que um novo caminho para o desenrolar da venda do atacante Erick Pulga é uma reorganização dos percentuais dos direitos econômicos de Erick Pulga. O atacante chegou em Porangabuçu em 2022, comprado junto ao Ferroviário por R$ 600 mil. Natural de Fortaleza/CE, tem percentual de passe distribuído entre Atlético-CE (50%), Ceará (40%) e Ferroviário (10%).
Logo, se uma venda por R$ 18 milhões ocorrer hoje, o Vovô ficaria com R$ 7,2 milhões. Nos bastidores, uma solução é os demais envolvidos cederam parte do percentual ao time cearense, o que elevaria o arrecado pelo clube. Outra possibilidade é o Bahia aumentar a investida financeira, visto que não houve acerto na troca dos jogadores.