Comecei a nadar, ainda criança, nas piscinas do Fluminense, eu era muito veloz e o meu bom desempenho era constante, o que chamou a atenção dos técnicos. Ao fim de uma prova de natação, chamei a atenção dos técnicos que assistiam ao ganhar na batida de mão, o meu técnico falou que eu havia ganhado na garra.
Naquele dia, por volta dos 10 anos de idade, me dei conta do quanto é preciso lutar para vencer, e para isso é preciso ter muita garra. E isso nunca mais saiu da minha cabeça.
Uma das lembranças da minha infância, que ficou marcada em minha memória, foi a das minhas idas ao Jóquei Clube Brasileiro, no Rio de Janeiro, com o meu pai. Enquanto os pais dos meus amigos assistiam aos páreos e faziam suas apostas nos cavalos, meu pai ficava a me observar a correr com meus amigos pelos gramados do clube, era uma atração nas tardes de turfe nos fins de semana. Certo dia, meu pai me disse que tinha observado que venci em todas as corridas das quais participei naquele gramado. Isso me deixou muito feliz, eu nem sabia que meu pai acompanhava os “páreos” das corridas que eu disputava com amigos, e ele ainda frisou que eu tinha muita resistência e garra.
As minhas vivências de infância me despertaram a importância de ser aguerrido e forte para vencer competições. Quando comecei a jogar basquete me destacava pela minha velocidade, sempre dei o meu melhor e me entregava por completo a este esporte, claro, em busca da vitória, e mesmo quando não vencia sabia que tinha me esforçado ao máximo.
Sempre motivo e dou conselhos aos meus atletas, para que alcancem a sua melhor performance, e lhes digo que para que isso aconteça é fundamental que se dediquem por completo nos treinos, com atenção, foco e garra.
Certa vez, meu irmão, numa entrada ao vivo, no Jornal Nacional, cometeu um deslize, logo em seguida me ligou se lamentando e eu falei para ele: na próxima vez vá em frente e não se atenha ao erro que aconteceu, ele já passou, e siga com garra. Ele teve mais duas entradas ao vivo e fechou o Jornal Nacional muito bem e com brilho.
A minha história no esporte e na vida pessoal se fundem. E a minha família é meu combustível para seguir com fé, amor e dedicação. Me tornei um guerreiro por ter tido tanto apoio e motivação do meu pai e dos meus técnicos, que foram fundamentais na formação do meu caráter e são a razão da minha luta, que segue sem fim.
*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.