Após ser acusado de traição e correndo o risco de pegar pena de morte - ele seria inforcado - o jogador iraniano Amir Nasr Azadani foi condenado a 26 anos de prisão por se envolver em manifestações a favor dos direitos humanos e liberdade das mulheres.
No dia 16 de novembro, o atleta participou de um protesto que contestava a morte de Mahsa Amini e terminou na morte de três policiais. Azadani foi acusado de "incorrer em crimes contra a ordem pública, reunir e conspirar para violar a segurança do país".
De acordo com a agência iraniana Mizan, o jogador foi condenado a 16 anos de prisão por cumplicidade no assassinato de três oficiais, cinco por reunião e conluio para cometer crimes e mais cinco por ser membro de grupos ilegais com a intenção de perturbar a segurança pública. Porém, ele cumprirá as sentenças ao mesmo tempo, o que significa que, em princípio, passará 16 anos na prisão.
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Após a acusação, diversas personalidades do futebol internacional se posicionaram contra o caso. O Sindicato Internacional dos Jogadores - Fifpro também denunciou a acusação.
Outros três réus pelo assassinato dos militares islâmicos foram sentenciados à morte. Uma quarta pessoa envolvida pegou sentença de dois anos de prisão.
O Irã vive a maior onda de protestos desde 2009, com milhares de pessoas nas ruas. As principais queixas são a violência e a restrição de direitos das mulheres promovida pelo governo.
Amir Nasr-Azadani tem contrato Iranjavan FC, do irã. O atleta, que se profissionalizou em 2015 no futebol, já vestiu a camisa de outros três clubes locais.