Mais de 250 atletas brasileiros devem representar o Brasil na próxima edição dos Jogos Olímpicos, que será realizada em 2020, em Tóquio, no Japão. E, entre eles, podem estar alguns representantes do esporte cearense, como Luiz Altamir (22), na natação, e Silvana Lima (34), no surfe.
Ambos têm um único sonho: brilhar no evento e, quem sabe, conseguir a tão sonhada medalha olímpica, que é o desejo maior de qualquer atleta de alto nível. Para chegar ao pódio em Tóquio, o que representa o ápice da carreira de qualquer atleta do mundo, é preciso muita preparação, empenho e concentração, numa jornada que pode ser sacrificante, mas recompensável no fim da história.
Vindo de um título mundial em dezembro de 2018, na China, nos 4x200 metros livre, e bons resultados em outra competição realizada nos Estados Unidos, Luiz Altamir segue trabalhando no Esporte Clube Pinheiros, de São Paulo, onde intensifica os preparativos visando Tóquio 2020. "Meu treinamento é em seis dias na semana. Chego a treinar, por dia, de sete a nove quilômetros, juntamente com a preparação física, três vezes por semana".
Altamir ressalta os bons resultados já no início deste ano, mas pontua que é preciso seguir focado no planejamento. "Nos Estados Unidos consegui um 3º lugar nos 200 metros borboleta, um 4º lugar nos 200 metros livre, além de um 8º lugar nos 400 metros livre. Foi uma competição muito boa, bem forte para a temporada. Vou participar, agora, de um evento regional aqui no Esporte Clube Pinheiros e, depois, o Troféu Brasil Maria Lenk (16 a 21 de abril), em busca de alcançar os índices do Mundial, além do Pan-Americano. É um passo de cada vez, tem que fazer acontecer em cada parte. É um ano bem decisivo para as Olimpíadas e tem que estar bem de cabeça, de saúde, de treinamento", finalizou.
Estreia
A Olimpíada de Tóquio 2020 será especial para cinco esportes que farão suas estreias no evento. São eles: a escalada, o skate, o caratê, o beisebol/softbol e o surfe, que chegará forte com a referência e a força do bicampeão mundial Gabriel Medina. No entanto, uma mulher promete representar, e muito bem, não só o País, como o Estado do Ceará.
Natural de Paracuru, a 82km de Fortaleza, Silvana Lima inicia 2019 se recuperando de uma lesão no joelho e deve ficar de fora das primeiras etapas do ano da Liga Mundial de Surfe. Mesmo assim, Silvana não perde o otimismo e espera estar de volta em breve, a tempo de disputar a 3ª etapa do calendário e atingir o índice olímpico.
"A expectativa é a melhor possível. Espero que tudo dê certo, pois todas as garotas estão com 'muita fome' para disputar essa vaga olímpica. Não vou estar nas duas primeiras etapas porque meu médico e meu personal não me liberaram, já que não estou 100%. Mas estarei em Bali, onde acontece a terceira etapa. Vai ser um sonho estar na Olimpíada e vou fazer de tudo para conquistar essa vaga".
Silvana Lima já foi duas vezes vice-campeã mundial e, assim como Luiz Altamir, é uma das grandes esperanças do Brasil e dos cearenses em Tóquio 2020. Assim como eles, mais três cearenses lutam este ano para se classificar e garantir um lugar ao sol no próximo ano: Larissa Santos, considerada uma das maiores revelações do surfe cearense, Ana Cláudia Lemos, do atletismo, e Elaine Gomes, da Seleção Brasileira de handebol.
Classificados
O Brasil, no entanto, conta até o momento, com 23 atletas já classificados para Tóquio, sendo 18 da seleção feminina de futebol, que carimbou o passaporte ao vencer o Sul-Americano, e cinco atletas da vela, nas classes Laser (masculina), 49er FX (dupla feminina) e Nacra17 (dupla mista).