Leandro Lehart cometeu ato escatológico em estupro, diz vítima: 'cheiro horrível'

Cantor foi condenado a 10 anos de prisão pelos crimes de violência sexual e cárcere privado

Legenda: Artista diz que está sendo alvo de "uma grande injustiça"
Foto: reprodução/redes sociais

O vocalista do grupo Art Popular, Leandro Lehart, teria cometido ato grotesco e escatológico com a vítima que o acusa de estupro e cárcere privado. Na sexta-feira (16), ele foi condenado a 10 anos de prisão pela Justiça de São Paulo pelos crimes.

Rita de Cássia Correia detalhou ao Fantástico, em programa exibido nesse domingo (18), os traumas vividos nas mãos do cantor.

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Segundo ela, os dois já haviam tido relações sexuais antes da violência sexual, e que ele nunca havia demostrado um comportamento agressivo. No entanto, em 2019, a postura do condenado se transformou: ele a imobilizou e a submeteu a uma situação degradante que a reportagem descreveu como "um ato grotesco e escatológico".

A relação entre eles começou em 2017, após Rita enviar uma mensagem elogiando o trabalho de Leandro. Em seguida, ela foi convidada para a casa dele para tocar piano e conhecer o estúdio. 

Em cinco encontros, houve relações sexuais em que o músico foi "muito educado, muito gentil, muito cortês", conforme detalhou a vítima. 

No entanto, em 2019, os dois estavam no quarto de Leandro quando ele sugeriu que fossem ao banheiro. No cômodo, segundo relatou Rita, o artista ficou agressivo, a imobilizou e cometeu o ato violento. 

"Na minha boca. Já comecei a me debater pedindo para ele parar e tentando tirá-lo de cima de mim, mas eu não conseguia. Ele ainda se masturbou até chegar ao orgasmo."
Rita de Cássia Correia
Vítima

Em seguida, o homem deixou a mulher trancada no banheiro, mesmo após ela pedir para deixar o local. "Gritava para ele me deixar sair de lá, e ele não deixava. 'Não vou te deixar sair daí. Só vou te deixar sair daí quando você se acalmar para a gente poder conversar'".

"Ele disse que eu poderia fazer com ele da mesma forma porque eu estava exagerando, que eu ia ver que não é assim. Que só da primeira vez que eu iria ficar assim, assustada."

Ainda conforme Rita, Leandro passou a questionar se ela esperava que os dois iniciassem um relacionamento sério e proferiu ofensas racistas: "O que você acha que eu gostaria de uma negrinha como você?"

"Fui direto para o banheiro. Já ali no chão, me despenquei em chorar. E fiquei muito tempo ali, tentando me higienizar, tentando tirar todo aquele cheiro horrível, aquele gosto, escovando meu dentes... Ali embaixo do chuveiro", relembrou ao Fantástico.
Rita de Cássia Correia
Vítima

'Se te humilhei sexualmente, assumo isso' 

Após o episódio, a vítima detalhou que desenvolveu sérios distúrbios emocionais, perdeu o emprego e chegou a tentar tirar a própria vida, "querendo fugir de tudo que estava passando". 

Cerca de seis meses depois do crime, Leandro voltou a procurar por Rita: "Por mensagens, ele começou a se redimir sem assumir a sua culpa numa confissão". 

"'Se te humilhei sexualmente e você está nessa situação, eu assumo isso. Com muita vergonha, mas assumo. Porque fiz isso com uma mulher, em troca do meu prazer. Fui egoísta. Se você se sentir no direito de me denunciar, faça. Não ficarei chateado'", teria dito o cantor na ocasião. 

Em seguida, o artista teria lhe enviado dinheiro em três ocasiões, em valores entre R$ 900 e R$ 200. Em outubro de 2020, ele registrou um boletim de ocorrência alegando estar sendo chantageado ou extorquido

Condenação e versão do músico

Leandro foi condenado a 10 anos de prisão pelos crimes de estupro e cárcere privado pela Justiça de São Paulo. Ele recorre da decisão em liberdade. 

Os advogados de defesa do cantor se pronunciaram sobre o caso: 

"A defesa técnica de Leandro Lehart, em atenção aos pedidos da imprensa por comentários, informa que o caso corre em segredo de Justiça e ainda pende de decisão final, o que impede maiores considerações quanto aos fatos. De toda sorte, Leandro e seus advogados seguem confiantes no Poder Judiciário e que a verdade prevalecerá, com sua consequente absolvição", diz o comunicado dos defensores. 

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