Ceará e Fortaleza terão hoje a oportunidade de apresentar todas suas reclamações e reivindicações à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sobre a utilização do VAR na Série A do Brasileiro. Dirigentes de Vovô e Leão estarão na sede da entidade, no Rio de Janeiro, para reunião com o presidente da CBF, Rogério Caboclo, e o chefe da Comissão de Arbitragem, Leonardo Gaciba.
O Ceará estará representado pelo vice-presidente, Raimundo Pinheiro, e pelo diretor Financeiro, João Paulo Silva. Marcelo Paz, presidente do Fortaleza, vai representando o Tricolor. Eles estarão acompanhados do presidente da Federação Cearense de Futebol (FCF), Mauro Carmélio.
O encontro acontece um dia após o pedido do Vovô ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para anulação da partida contra o São Paulo, pelo pênalti não marcado do goleiro Tiago Volpi sobre o atacante Felippe Cardoso, no último domingo (18).
O pedido de impugnação já foi encaminhado ao presidente do STJD, Paulo César Salomão Filho. Em nota publicada no site do STJD, para o Ceará, o erro não pode ser considerado interpretativo, mas sim "um erro claro de avaliação das regras do desporto por parte da arbitragem".
"Não foi obedecida regulação do VAR pela equipe de arbitragem. O regulamento fala claramente que o árbitro central, em caso de erro claro e manifesto, tem que ser acionado pela equipe do VAR para que possa rever o lance, e isso não foi feito. Pelo descumprimento da regra, pedimos anulação", explicou Jamilson Veras, diretor Jurídico do Vovô.
A medida do Ceará é totalmente cabível, embora seja de difícil resolução prática, tendo em vista que o manual do VAR, atualizado pela CBF em junho de 2019, o resguarda em caso de decisão errada.
Porém, a repercussão é simbólica. A discussão do caso como pauta principal internamente na CBF e em diversos programas esportivos, é uma inegável prova de maior representatividade e visibilidade do futebol cearense no cenário nacional.