Os três policiais rodoviários federais acusados de envolvimento na morte de Genivaldo Santos, vão a júri popular. Os recursos da defesa foram negados pela Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), que manteve a decisão que determinou a prisão dos agentes. As informações são do portal ig.
Assim, William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento seguem presos desde outubro de 2022, acusados de tortura e homicídio triplamente qualificado.
O caso ocorreu no município de Umbaúba, no litoral de Sergipe. Genivaldo morreu asfixiado após ser preso no porta-malas de uma viatura da PRF com gás lacrimogêneo. Ele ficou mais de 11 minutos preso no carro, que acabou transformado em uma câmara de gás.
A Quinta Turma rejeitou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) para que os policiais também respondessem por abuso de autoridade. Para o colegiado, não há provas suficientes para que os agentes respondam por esse crime.
Relembre o caso
A abordagem que resultou na morte de Genivaldo se deu, segundo os policiais, porque a vítima estava sem capacete em trecho da BR-101. Durante a ocorrência, ele foi insultado, recebeu spray de pimenta no rosto e foi colocado no porta-malas da com gás lacrimogêneo.
Genivaldo morreu asfixiado em 25 de maio de 2022. Na época, um sobrinho de Genivaldo afirmou que o tio tentou dialogar com os policiais, mas os agentes usaram spray de pimenta nele.
Ele tinha um transtorno mental e ficou nervoso quando os policiais pediram para que ele levantassem as mãos e encontraram no bolso dele cartelas de medicamentos.
Os agentes envolvidos na ocorrência chegaram a classificar o falecimento do homem de 38 anos como uma "fatalidade desvinculada da ação policial legítima".
O laudo médico aponta que a morte se deu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda.