Lewandowski diz que fugitivos de Mossoró estão perto de presídio: 'Investigação é sofisticada'

O ministro viajou a Mossoró nesta quarta-feira, véspera de a fuga completar um mês

Legenda: Segundo o Lewandowski, os investigadores têm convicção que os dois fugitivos estão recebendo ajuda externa, com alimentos e também roupas.
Foto: Tom Costa/MJSP

Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública, afirmou que manterá a operação de busca por fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, nas redondezas do presídio. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo, nesta quarta-feira (13).

Conforme o ministro, há evidências de que os detentos que escaparam continuam na região, o que não justificaria expandir as buscas para outros estados.

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Lewandowski viajou a Mossoró nesta quarta para acompanhar os trabalhos na véspera de a fuga completar um mês.

Temos hoje convicção de que eles se encontram na região ainda. No dia 2 de março foram avistados. E no dia 12 de março houve rastreamento positivo, que foi feito a partir da constatação de que cães de determinada casa ficaram bastante agitados
Ricardo Lewandowski,
Ministro da Justiça e Segurança Pública

Cerca de 500 agentes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional estão mobilizados nas buscas. "A investigação é sofisticada: estamos localizando toda a rede de apoio. O custo da operação é elevado, mas é necessário", declarou Lewandowski.

Lewandowski ainda declarou que não tem prazo para a operação acabar. "O estado precisa arcar não apenas para a captura de dois fugitivos perigosos que pertencem ao crime organizado, mas também porque não podemos deixar a população local desamparada. Enquanto esse risco não se dissipar, vamos manter esse efetivo", disse.

QUEM SÃO OS FUGITIVOS?

Naturais do Acre, os fugitivos são importantes membros de uma facção criminosa de origem carioca, com atuação nacional e internacional. 

Também conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”, Deibson Nascimento está envolvido em 34 processos na Justiça do estado de origem. Ele responde por crimes como formação de quadrilha, tráfico de drogas e roubo, tendo sido condenado a 33 anos de prisão.

Já Rogério Mendonça, apelidado como “Martelo”, responde por roubo, violência doméstica e homicídio qualificado. Com pena de 74 anos de prisão, o fugitivo tem mais de 50 processos e possui uma suástica (simbolo nazista) tatuada na mão.