As buscas por Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, foram intensificadas pelas forças de segurança na região de Baraúna, cidade na divisa com o Ceará. Com a fuga registrada na última quarta (14), esta segunda-feira (19) marca o sexto dia de buscas.
Atualmente, as buscas se concentram em uma área de mata na zona rural, onde a força-tarefa acredita que os presos estão escondidos. O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, compareceu a Mossoró no domingo (18), alegando que a principal dificuldade na captura está na complexidade do terreno.
"O terreno é complexo, coberto por mata, em uma zona rural e com uma área extensa. Além de ter rodovias, existem vias e pequenas estradas. O local tem casas esparsas. É um trabalho de busca complexo", afirmou o ministro.
Helicópteros, drones, cães farejadores e outros equipamentos tecnológicos sofisticados foram designados como parte da operação. Mais de 500 homens das forças de segurança estaduais e federal atuam na força-tarefa.
Os criminosos foram vistos pela última vez na noite de sexta-feira (16) quando invadiram uma casa. No local, segundo os agentes de segurança, eles fizeram os moradores reféns, jantaram e fugiram levando dois celulares, comida e água.
Vários objetos também já foram encontrados na região após a fuga, como uma colcha de cama furtada de uma casa, uma camiseta de uniforme de presidiário e até pegadas.
Quatro dias de buscas
Os criminosos estão foragidos desde quarta-feira (14). É a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal desde a criação em 2006.
As buscas pelos fugitivos entraram no quarto dia neste sábado (15). A equipe de buscas conta com mais de 300 agentes de segurança, incluindo forças estaduais e federais.
Quem são os criminosos?
Os detentos que fugiram foram identificados como Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, 35 anos. Ambos são naturais do Acre, e respondem por crimes como roubo, tráfico de drogas, organização criminosa e homicídio.
Eles são membros do alto escalão de uma facção criminosa de origem carioca, tendo atuação nacional e internacional.
Deibson Cabral, também conhecido como "Tatu" ou "Deisinho", está ligado em 34 processos na Justiça do Acre. Ele responde por crimes como formação de quadrilha, tráfico de drogas e roubo e já foi condenado a 33 anos de prisão.
Já Rogério da Silva, o "Martelo", responde processos pelos crimes de homicídio qualificado, roubo e violência doméstica. Ele foi condenado a 74 anos de prisão, respondendo a mais de 50 processos, e tem uma suástica (símbolo do nazismo) tatuada na mão.