Fugitivos de presídio em Mossoró fizeram ligações perguntando como chegar ao Ceará

Eles estiveram na Comunidade Riacho Grande, cerca de 34km da fronteira do Rio Grande do Norte com o Ceará

Legenda: Fugitivos foram identificados como Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, ambos do Acre
Foto: Reprodução

Após invadirem uma casa na noite de sexta-feira (16), os fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró usaram o celular de uma família feita de refém e fizeram ligações para o Rio de Janeiro. Os criminosos chegaram a perguntar como poderiam chegar ao Ceará.

Por volta das 20h de sexta-feira, eles invadiram uma residência na Comunidade Riacho Grande, a cerca de 3km do presídio. O local fica aproximadamente a 34km da fronteira do Rio Grande do Norte com o Ceará.

Ao invadir a casa, os fugitivos usaram um dos celulares das vítimas para fazer uma ligação. Segundo um dos moradores, os criminosos falaram com uma pessoa de sotaque carioca, que afirmou estar no Rio de Janeiro.

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As informações foram repassadas pelas vítimas aos investigadores e confirmadas por fontes no Ministério da Justiça e Segurança Pública, segundo o Uol

Eles ainda teriam perguntado aos reféns como chegar ao Ceará e se havia bloqueios da polícia no entorno. Por meio de uma televisão e redes sociais, os fugitivos acompanharam as notícias sobre a fuga.

Quatro dias de buscas

Os criminosos estão foragidos desde quarta-feira (14). É a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal desde a criação em 2006.

As buscas pelos fugitivos entraram no quarto dia neste sábado (15). A equipe de buscas conta com mais de 300 agentes de segurança, incluindo forças estaduais e federais. 

Quem são os criminosos?

Os detentos que fugiram foram identificados como Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, 35 anos. Ambos são naturais do Acre, e respondem por crimes como roubo, tráfico de drogas, organização criminosa e homicídio.

Eles são membros do alto escalão de uma facção criminosa de origem carioca, tendo atuação nacional e internacional.

Deibson Cabral, também conhecido como "Tatu" ou "Deisinho", está ligado em 34 processos na Justiça do Acre. Ele responde por crimes como formação de quadrilha, tráfico de drogas e roubo e já foi condenado a 33 anos de prisão.

Já Rogério da Silva, o "Martelo", responde processos pelos crimes de homicídio qualificado, roubo e violência doméstica. Ele foi condenado a 74 anos de prisão, respondendo a mais de 50 processos, e tem uma suástica (símbolo do nazismo) tatuada na mão.